O norueguês Jostein Gaarder, autor de “O mundo de Sofia”, best-seller filosófico dos anos 90, participa da mesa “O mundo de Gaarder” às 19h deste sábado (14) na Bienal do Livro em São Paulo.
Em entrevista por telefone ao G1, o escritor, que também é autor de livros como “O dia do curinga” e “Através do espelho”, conta que é a sua terceira vez no Brasil. “Já estive em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Passo Fundo e passei férias na Bahia e em Foz do Iguaçu. Dessa vez quero visitar Curitiba e Porto Alegre após a Bienal”, explica.
Lançado há quase 20 anos, “O mundo de Sofia” continua sendo o livro mais conhecido do autor, vendendo mais de 30 milhões de exemplares em todo o mundo. “Quando eu escrevi ‘O mundo de Sofia’, achei que seria um livro para poucas pessoas. Eu acho que subestimei o quão universal são as questões existenciais apresentadas no livro”, lembra.
“O sucesso foi surreal”, continua. “Viajei por todo o mundo, ganhei prêmios de literatura, até imperadores estavam falando comigo. Mas o mais importante foi que isso abriu espaço para meus outros livros serem publicados”.
Gaarder diz ainda que “O mundo de Sofia”, que já virou filme na Noruega – assim como livros seus como “A garota da floresta” – vai ganhar uma versão cinematográfica em Hollywood. “É muito bom porque vai atingir mais pessoas ainda”, comemora.
Oráculo
Ele conta que seu sucesso às vezes leva os fãs a terem atitudes estranhas “Eu conheço as pessoas e elas acham que eu posso responder qualquer coisa, me tratam como um oráculo (risos)”, brinca, lembrando de um episódio no Japão. “Mas eu sempre acabo respondendo que não as pessoas não deveriam prestar atenção nas minhas respostas, mas deveriam encontrar suas próprias perguntas. As perguntas são realmente mais perigosas para os governantes do que as respostas”.
Para Gaarder, as perguntas que deveriam começar a ser feitas atualmente são sobre o meio-ambiente e o aquecimento global. “Acho que os líderes entendem bastante nossos problemas ambientais, o segredo é abrir os olhos do público. Agora eu quero escrever um ‘O mundo de Sofia’ sobre o meio-ambiente, mostrar às pessoas a maneira que estamos tratando nosso pobre planeta”, conta.
Se dizendo otimista em relação ao futuro (“ser pessimista é imoral, é muito fácil”, reclama), ele propõe uma nova abordagem para as responsabilidades dos seres humanos em relação ao meio-ambiente. “Nós já vimos um momento em que a humanidade se reuniu em torno de uma causa, foi na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948. Agora está na hora de criarmos uma Declaração Universal dos Deveres Humanos”.
Bienal do Livro de São Paulo
Quando: diariamente até o dia 22 de agosto
Onde: Pavilhão de exposições do Anhembi – Av. Olavo Fontoura, 1209
Quanto: R$ 10, com direito à meia-entrada
Informações: www.bienaldolivrosp.com.br
G1
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