Lula sanciona lei que cria Dia Nacional do Candomblé

PUBLICIDADE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.519/2023, que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, a ser comemorado anualmente no dia 21 de março. A sanção foi confirmada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (6).

A nova lei teve origem em um projeto do deputado federal Vicentinho (PT-SP). O texto foi aprovado tanto na Câmara dos Deputados como no Senado (onde tramitou na forma do PLC 69/2018).

Originalmente, o projeto previa a comemoração no dia 30 de setembro. Entretanto, quando tramitou no Senado, o relator da matéria na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), senador Paulo Paim (PT-RS), propôs alterar a data. Ele argumentou que o dia 21 de março foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.

“A ocasião relembra o massacre de 69 pessoas negras que protestavam pacificamente contra o regime de segregação racial na África do Sul, em 1960”, explicou Paim na ocasião em que a matéria foi aprovada na CE.

Ainda durante a análise do projeto no Plenário do Senado, Paim ressaltou que até os anos 1960 os praticantes do candomblé se concentravam principalmente nos estados da Bahia e de Pernambuco. Posteriormente, observou ele, com os movimentos migratórios de nordestinos para a região Sudeste do país, o candomblé se expandiu. Estima-se que 3 milhões de brasileiros sejam praticantes da religião. Somente na cidade de Salvador, existem aproximadamente 2.230 terreiros registrados.

Histórico
O candomblé surgiu no continente africano, na região onde hoje se situa a República Federal da Nigéria, e acompanhou as inúmeras levas de escravos que aportaram o solo brasileiro no século XVI.

Proibida e discriminada por séculos, com seus praticantes tendo sofrido prisões e perseguições, a religião fez uso do sincretismo como forma de legitimação, associando os orixás aos santos católicos. Cada um dos orixás possui características e preferências específicas, como danças, comidas, cores, instrumentos e saudações. Os rituais são vivenciados em locais conhecidos como terreiros, casas ou roças.

A liderança de cada um dos locais pode ser matriarcal, com a figura das ialorixás (ou mães de santo), ou patriarcal, onde exercem a liderança os babalorixás (ou pais de santo). Há ainda os locais de prática que admitem liderança mista.

 

Fonte: Agência Senado

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Veneziano admite dependência de alianças para chapa federal e projeta crescimento do MDB na Assembleia em 2026

O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), presidente estadual do partido na Paraíba, afirmou, durante…

23 de dezembro de 2025

Cícero Lucena evita falar sobre alinhamento com família Cunha Lima e reforça diálogo com aliados

O prefeito de João Pessoa e pré-candidato ao Governo do Estado, Cícero Lucena (MDB), voltou…

23 de dezembro de 2025

Felipe Leitão confirma desejo de disputar presidência da ALPB: “Construindo isso ao longo desses anos”

O deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Felipe Leitão (Republicanos), confirmou…

23 de dezembro de 2025

Hugo Motta afirma realinhamento com Governo Lula durante posse do novo Ministro do Turismo

O deputado federal paraibano e presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou na…

23 de dezembro de 2025

Luiz Couto evita críticas a Ricardo Coutinho e defende foco do PT nas pautas do povo

O deputado federal Luiz Couto (PT-PB) evitou, nesta segunda-feira (22), fazer críticas ao ex-governador da…

23 de dezembro de 2025

Ruy garante novos recursos para ampliar atendimento a autistas no Brejo paraibano

Parlamentar reforça compromisso com inclusão na Paraíba O fortalecimento da rede de apoio e acolhimento…

23 de dezembro de 2025