Na última terça-feira (04), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) confirmou a informação de que nove rolos de pergaminhos da Torá escaparam do incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, na noite do último domingo (2).
Os manuscritos conhecidos como 'Pergaminhos Ivriim' datam de 400 a 1.000 anos atrás e foram tombados pelo Iphan em 1998, em razão de sua importância arqueológica e bibliográfica.
As peças do acervo acabaram escapando do incêndio, porque antes do incêndio foram transferidas para a seção de Obras Raras da Biblioteca do Horto, localizada na Quinta da Boa Vista, próximo ao Museu.
Segundo o Cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro, Osias Wurman, esses pergaminhos estão entre os dez documentos mais antigos do judaísmo. Ele informou que os manuscritos estão em fase restauração e por isso haviam sido transferidos para a Biblioteca do Horto.
“A Torá reúne os livros que Moisés teria recebido de Deus. Na religião judaica, uma Torá precisa ser aberta e fechada ao menos três vezes por semana, então, é um documento que precisa de constante cuidado. Por isso, está em restauração no Horto”, disse Wurman à agência alemã de notícias, DW.
Segundo historiadores, o imperador Dom Pedro 2º era um estudioso da cultura hebraica e por isso adquiriu a Torá, que passou a pertencer ao Museu Nacional. Pesquisas indicaram que os manuscritos teriam sido confeccionados no Iêmen, por volta do século 13.
Projeção internacional
Jornais israelenses já entraram em contato com a comunidade judaica no Rio de Janeiro para saber se os pergaminhos foram danificados pelo incêndio, contou Wurman.
“Essa Torá é muito importante, e a sua preservação foi uma ótima notícia no meio de tantas perdas”, contou o Cônsul.
Os pergaminhos são um dos três tombamentos do Iphan, envolvendo o Museu Nacional.
O Museu Nacional é administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi fundado há 200 anos por Dom João 6º. A Torá estava entre as mais de 200 milhões de peças que faziam parte do acervo do museu.
Pesquisadores estão trabalhando no local destruído pelo fogo, com a esperança de que ao menos uma pequena parte do valioso acervo — especialmente as peças mais raras das áreas de arqueologia e paleontologia — possa ter sido salva das chamas dentro, por estar em cofres e armários de aço especiais.
Redação com CPAD News
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