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Novo seriado traz Selton Mello como médico que atua como curandeiro

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Um seriado que mistura o cotidiano médico, cirurgias sobrenaturais e reconstrução histórica num realismo difícil de se ver na TV aberta. Poderia ser uma série americana, mas se passando na centenária cidade de Diamantina (MG), com Selton Mello no papel principal, texto de João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, além da direção de Ricardo Waddington, “A cura” quer dar um sotaque nacional a esse tipo de produção.

“O que eu acho que é diferente desse conteúdo para outros feitos nesse horário é que eu enxergo em ‘A cura’ uma dramaturgia muito nossa, uma mitologia brasileira, que mexe no imaginário brasileiro, que fala sobre curandeirismo, que fala sobre coisas que dizem respeito a nós, brasileiros. É uma novidade”, disse Waddington, durante lançamento do seriado nesta segunda-feira (2), na Zona Oeste do Rio.

Nos nove episódios sequenciais, Selton Mello será Dimas, um médico que volta à sua cidade natal após se formar, mas perturbado e sob a acusação de ter assassinado um amigo de infância, há muitos anos. “A cura” estreia no dia 10 de agosto, logo após “Casseta & Planeta, urgente!”

“É um assunto que eu acho que o brasileiro gosta muito: cura espiritual, dom, misturado com medicina, com mistério.” Para Selton, o texto da série “prende muito”. “Você fica com vontade de ver onde esses personagens vão parar.”

“É diferente do ‘Força tarefa’ e do ‘Na forma da lei’, que eram dois seriados que se você assistisse a um [capítulo] solto, você acompanhava. Eles são programas capazes de se fechar em um episódio sozinho. E ‘A cura’ não é assim. ‘A cura’ exige do espectador que ele acompanhe. É como uma minissérie que passa toda terça-feira”, lembra o ator. “É um risco muito grande que a gente está correndo.”

 

Mas, apesar da abordagem sobrenatural, autores e elenco – que conta ainda com Andréia Horta, Ary Fontoura, Nívea Maria, Caco Ciocler, Juca de Oliveira, Ana Rosa, Luiza Mariani e Carmo Dalla Vechia – afirmam que “A cura” não é uma série que pega a onda das histórias de espíritos, como mostrado pelo filme “Chico Xavier” e na novela “Escrito nas estrelas”.

“[‘A cura’] lida com o fantástico, com o espiritismo, com o fato de ser um curandeiro, mas tem uma abordagem muito realista, muito verdadeira, não é realismo fantástico”, argumenta o autor João Emanuel Carneiro. “Não é alegoria, é verdadeiro, é realista. E não tem efeito especial. Não tem fantasma passando. É tudo na cabeça das pessoas”, afirmou, dizendo que a série dá margem para uma segunda temporada.

 

Parte histórica
Além dessa abordagem da medicina tradicional e da sobrenatural, a série também terá uma parte ambientada na cidade de Diamantina do século XVIII. Nessa época, viverá o cruel garimpeiro Silvério (Carmo Dalla Vecchia), um antepassado de Dimas, que não mede a violência para conquistar seus objetivos.

“Eu tenho certeza que, com esse personagem, muita mãe vai dizer: ‘tire as crianças da sala’”, disse Dalla Vechia, que emagreceu 15 quilos, deixou a barba crescer e usa unhas longas para compor Silvério. “Não foi muito fácil, me deu um pouco de medo, no início da construção toda. Porque era um personagem extremamente difícil, violento. Eu comecei a sonhar que estava assassinando pessoas.”

Por conta da força desmedida, Silvério é amaldiçoado por um pajé e passa a sentir dores horríveis. Mas um garoto, conhecido na região como curandeiro, se recusa a curá-lo. O que mostra que a trama de “A cura” é cheia de suspense e está totalmente entrelaçada.

“A mesma relação que essa minissérie fala a respeito de carma é a minha relação budista”, explicou o ator, praticante da religião há 12 anos. “Mas nessa história você não vai encontrar defesa religiosa. A parte espiritual, religiosa, fantástica, fica na cabeça das pessoas. São criadas duas histórias em períodos de tempo. As pessoas assistindo àquilo e juntando as duas histórias é que vão criar essa versão fantástica.”

G1

 

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