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Nós, nossos hermanos e o teatro

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A cenografia é um cubo de 1,5 m de diâmetro. Ali dentro o ator Fernando Sánchez-Cabezudo se move durante todo o espetáculo que dura cerca de 40 minutos. É a sua casa. Criado pela dupla Fernando e Jorge Sánchez-Cabezudo, considerado revelação da cena ibérica em 2006, esse espetáculo critica com humor e intensa teatralidade as moradias contemporâneas – e é apenas 1 dos 13 que integram a partir de hoje o 2º Festival de Teatro Ibero-Americano do Memorial da América Latina.

De hoje a domingo o espectador terá a oportunidade de ver espetáculos de Portugal, Espanha, Cuba, Argentina, entre outros países latino-americanos, sem contar as montagens brasileiras que valem e muito ser vistas, como o premiado A Noite dos Palhaços Mudos, da Cia. La Mínima, ou O Homem Inesperado, com Nicette Bruno e Paulo Goulart. E, o melhor, todas têm entrada grátis. Mas é bom estar atento para não ficar de fora, afinal, cada peça faz uma única apresentação. O festival, coordenado pelo diretor de atividades culturais da Fundação Memorial da América Latina, Fernando Calvozo, conta ainda com muitas outras atividades.

A Praça Cívica, por exemplo, será palco de performances. O foyer do auditório abrigará as chamadas “cenas curtas”, leituras cênicas e teatralização de segmentos de textos, programação cujo objetivo é atrair a atenção do público e envolver mais artistas e grupos no evento. Chico de Assis dará ainda uma oficina de dramaturgia e os debates contam com nomes de autores como Hugo VillaVicenzio e Renata Pallottini.

Mas, para a grande maioria dos mortais, o que vale mesmo é a oportunidade, sempre rara, de ver boas peças vindas sobretudo dos países vizinhos. E qualidade parece ser o caso da montagem cubana de Medea, um solo da atriz Adria Santana, escrito por Abelardo Estorino. Trata-se evidentemente de uma visão autoral na qual mais do que a imagem da mulher traída e vingativa, interessa a ousadia e a dignidade de quem deixa a terra Natal para realizar seu sonho e, diante do fracasso, despede-se teatralmente. No programa da peça, Estorino afirma que o texto foi escrito “quase a quatro mãos”, uma vez que brotou de um processo de criação feito na sala de ensaio, com a atriz, com quem mantém longa parceria artística.

Cem Anos de Solidão, o romance de Gabriel García Márquez, inspira a peça Úrsula Iguarán… Cien Años de Mujer. Segundo o autor e diretor Hugo Aristimuño, a peça é um tributo à mulher e baseia-se na personagem Úrsula do premiado romance. Poemas e fragmentos de textos do poeta andaluz integram a dramaturgia de Mujeres de Lorca. Já a vida do ator José Maria Muscari, recriada por Mariela Asensi, é a base do espetáculo Crudo. Confira a programação completa do festival no site www.memorial.sp.gov.br.
 

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