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Livro de Edinho Silva mostra os desafios como prefeito e liderança política diante da pandemia e dos ataques golpistas de 8 de janeiro

Entre 2021 e 2022, coube ao prefeito de Araraquara, Edinho Silva, liderar a saga de uma cidade que lutou contra a pandemia e se tornou um modelo de enfrentamento à Covid-19. Naquela que foi a primeira cidade a implantar o chamado lockdown para frear a contaminação da doença, Edinho Silva e sua equipe, como todo o Brasil, enfrentaram o medo, a incerteza, a morte e um presidente da República que negava a medicina e a ciência e se dispunha a tornar Araraquara e seu prefeito um exemplo a não ser seguido pelo restante do país.

Foto: divulgação

Em janeiro de 2023, foi também do seu gabinete na Prefeitura do município que o recém-empossado presidente Luiz Inácio Lula da Silva era informado e acompanhava os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, e tomava as medidas de resistência à tentativa de golpe de Estado promovido por radicais bolsonaristas. Naquele dia 8 de janeiro, Lula e a primeira-dama Janja visitavam Araraquara em solidariedade a outra tragédia – as chuvas torrenciais que varreram a cidade com prejuízo e morte. Foram horas de choque, suspense e, enfim, a reação devida para que, a partir de Araraquara, o novo presidente recuperasse a República e salvasse a democracia de um golpe, até poder retornar a Brasília e reconstruir o estrago deixado pelos golpistas.

Para Edinho Silva, porém, lidar com esses episódios atípicos significou uma história de coincidências que não são coincidências. É o que o mostra o livro Uma cidade na luta pela vida: da pandemia ao 8 de janeiro, editada pela Alere Editora. Depois de lançamentos em São Paulo, Brasília e Araraquara, a obra será lançada agora em Recife, João Pessoa, Rio de Janeiro, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Barretos e Campinas.

No livro, o prefeito já em quarto mandato relata histórias que, antes de serem coincidências, ilustram a vocação de uma cidade em ter seu destino marcado pelos últimos fatos relevantes. Conhecida como Morada do Sol, a mesma Araraquara de onde nasceu Macunaíma, de Mário de Andrade – já que o livro foi escrito na Chácara Sapucaia, hoje região do Quitandinha, tradicional bairro da cidade – viu nascer, neste século XXI, novamente um herói improvável: Walter Delgatti, o Vermelho, o hacker de Araraquara que em 2019 explicitou a farsa e as manipulações dos operadores da Lava Jato. Sua revelações abriram caminho para o retorno à política de Lula, companheiro, líder e inspiração de Edinho Silva.

Uma cidade na luta pela vida explora essa vocação e descreve o dia a dia, as experiências, as preocupações, as vitórias e os reveses de um gestor público e sua equipe. Edinho Silva recheia esse relato com uma análise sobre os desafios da gestão pública. Expõe os limites da administração pública, bem como os entraves e contradições de órgãos de fiscalização, sindicatos, corporações e grupos radicalizados. Repensa as exigências e demandas impostas às políticas públicas e analisa o papel a ser desempenhado pelo Estado numa sociedade que passa por transformações revolucionárias.

Edinho Silva também descreve no livro os altos e baixos enfrentados pelo Partido dos Trabalhadores – dos ataques promovidos pela Lava Jato ao retorno a Araraquara em 2016, até sua participação na coordenação da eleição de Lula em 2022.

SOBRE O AUTOR

Edson Antonio da Silva, mais conhecido como Edinho Silva, é prefeito da cidade de Araraquara, no seu quarto mandato. Nascido em Pontes Gestal, região de São José do Rio Preto, foi vereador de Araraquara, deputado estadual, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), é graduado em Ciências Sociais na Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Araraquara e mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Nascido em Pontes Gestal, região de São José do Rio Preto, mudou-se com a família para Araraquara aos 4 anos de idade. Trabalhou como office-boy no Hotel Uirapuru e no Escritório Paulista e foi funcionário da Distribuidora Andrade de Publicações. Ainda foi operário na Fábrica de Meias Lupo e, em São Carlos, trabalhou como metalúrgico na extinta Clímax, atual Electrolux. Na juventude, começou a participar da Pastoral da Juventude e Pastoral Operária da Igreja Católica, seguindo os passos da Teologia da Libertação. Apaixonado por futebol, também atuou como atleta das categorias de base da Ferroviária na década de 1980.

Identificado com as propostas democráticas e sociais do PT, filiou-se à legenda em 1985, quando o partido tinha apenas cinco anos de fundação e Edinho tinha 20 anos de idade. Militante dedicado à construção do partido em Araraquara, em 1989, e com apenas 24 anos, Edinho se tornou presidente do Diretório Municipal do PT em Araraquara e coordenador regional. Também assessorou a bancada de deputados estaduais do PT durante os trabalhos da Constituinte Estadual.

Em Araraquara, elegeu-se vereador em 1992 e conquistou o segundo mandato em 1996. Eleito prefeito em 2000, assumiu o mandato em 2001 e conquistou o a reeleição em 2004. Em 2007, foi eleito presidente do PT do estado de São Paulo, tendo sido reeleito para o mandato 2009-2013 com mais de 90% dos votos dos filiados. Foi eleito deputado estadual em 2010. Na Assembleia Legislativa, integrou as Comissões de Saúde, de Esportes, de Segurança Pública e Direitos Humanos, presidiu as Frentes Parlamentares pela Elaboração Democrática do Plano Estadual de Educação.

Em março de 2015, foi convidado pela então presidente Dilma Rousseff para ocupar o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Governo Federal.

Foi eleito novamente para a Prefeitura de Araraquara em 2016 e, em 2020, ao ser reeleito novamente à Prefeitura, atingiu uma marca inédita na democracia de Araraquara: nunca um prefeito havia sido eleito pela população para quatro mandatos.

 

Ascom

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