João inaugura Memorial Abelardo da Hora e PB vira referência na exposição de artes visuais

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O governador João Azevêdo inaugurou, na tarde desta quinta-feira (31), no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa, o Memorial Abelardo da Hora. O equipamento abriga 215 peças de um dos maiores artistas plásticos do mundo. Disputada por países como Itália e Portugal, a exposição permanente do acervo consolida a Paraíba como um importante roteiro cultural do Brasil. O espaço ficará aberto para visitação pública e terá uma série de atividades educativas, além de cursos e palestras promovidos pela Fundação Espaço Cultural (Funesc).

Para receber o acervo, o Governo do Estado investiu cerca de R$ 1 milhão na estrutura, projetos expográficos e luminotécnicos, além de toda a logística no transporte das obras, que contou com o apoio da Polícia Militar da Paraíba (PMPB).

Na ocasião, o chefe do Executivo estadual destacou a honra de o Estado poder abrigar o acervo de Abelardo da Hora. “Em primeiro lugar é uma honra muito grande a Paraíba ter sido escolhida para abrigar, colocar em exposição a obra de um artista tão fantástico quanto Abelardo da Hora, que conseguiu ao longo da trajetória fazer uma caminhada por todos os sentimentos do ser humano. O memorial ficou muito bonito e está apropriado, e é mais um museu que se abre na Paraíba,  um passo importante para incluir cada vez mais a população no processo cultural do nosso Estado”, disse.

João Azevêdo ressaltou ainda que diversos segmentos têm sido contemplados nas ações adotadas pelo Governo do Estado. “Essa é a forma que eu entendo de fazer gestão pública. Fazer gestão pública não é você escolher um tema e priorizar esse tema 24 horas por dia em quatro anos de governo. Fazer gestão é você ter a capacidade de olhar as demandas existentes em cada segmento, porque as pessoas e a sociedade têm anseios diferentes, têm expectativas diferentes”, comentou.

A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano, Ana Maria Lins, afirmou que a entrega do Memorial Abelardo da Hora consolida ainda mais o segmento cultural no Estado. “Só estando aqui para entender a importância deste dia, marcado pela inauguração deste espaço, que abriga as obras de um gênio como Abelardo da Hora. São estas ações, a exemplo das tomadas pelo Governo do Estado no Programa do Artesanato, que estão elevando a Paraíba cada vez mais”, afirmou.

O presidente da Funesc, Pedro Santos, ressaltou que o acervo atende a padrões internacionais. “Hoje é um dia extremamente feliz, que teve um processo longo, iniciado pelo próprio Abelardo dez anos antes de partir, que buscava um local para abrigar o seu acervo. A inauguração do Memorial Abelardo da Hora coloca a Paraíba no epicentro das artes visuais do Brasil e do mundo. Este espaço é inaugurado num momento propício, porque pela primeira vez o Governo do Estado tem seis instituições museológicas”, destacou, citando, além do MAH, o Museu do Artesanato Paraibano e o Museu Casa de José Américo, entre outros.

O vice-prefeito de João Pessoa, Léo Bezerra, evidenciou a parceria da Prefeitura com o Governo do Estado e disse que a inauguração do MAH simboliza um novo momento das gestões após a pandemia. “Na pandemia perdemos entes queridos, e o foco principal da gestão do prefeito Cícero Lucena e do governador João Azevêdo foi salvar vidas. Agora podemos fomentar a cultura, fomentar esses espaços para trazer a população”, afirmou.

Neto e coordenador do projeto expográfico, Daniel da Hora falou da alegria de conseguir, em um só espaço, reunir todo o acervo do avô. “É uma grande honra para nós conseguir colocar o acervo de Abelardo, que é gigantesco, num espaço dedicado, exclusivo e permanente, resultado de uma grande negociação com o Governo da Paraíba, mas que no fim deu muito certo, democratizando o acesso das pessoas, que vão ter a oportunidade de conhecer ainda mais Abelardo da Hora”, comentou.

Daniel disse ainda que a concepção do projeto expográfico foi mostrar as várias fases de Abelardo da Hora. “A ideia foi justamente mostrar o Abelardo em várias fases e como usufruir a obra dele em várias técnicas, porque não tem apenas esculturas; tem desenho, tem pintura, tem cerâmica. Dividimos para que o espectador perceba a parte social da obra de Abelardo da Hora, as danças populares”, explicou.

A solenidade de inauguração do Memorial Abelardo da Hora foi prestigiada, ainda, pelos deputados estaduais Hervazio Bezerra e João Gonçalves; por familiares do artista, a exemplo da filha dele Leonora da Hora; e pelo secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto.

Prestigiaram ainda a solenidade o secretário da Comunicação Institucional (Secom), Nonato Bandeira; o secretário de Estado da Cultura (Secult), Damião Cavalcanti; Simone Guimarães (Suplan); Marielza Rodriguez (PAP); Aristeu Chaves (Procase); Janete Rodriguez, gerente do Museu Casa de José Américo, entre outros auxiliares da gestão.

Abelardo da Hora

O artista é reconhecido como um dos mais importantes artistas brasileiros e deixou um acervo com quase 300 peças, entre esculturas, telas e outras obras.

Nasceu em 1924, na cidade de São Lourenço da Mata, em Pernambuco. Cursou Artes Decorativas no Colégio Industrial Professor Agamenon Magalhães e o Curso Livre de Escultura da Escola de Belas Artes do Recife.

Além da trajetória que o consagrou como um dos grandes nomes das artes plásticas do Brasil, sobretudo no campo da escultura, teve grande participação na vida política como dirigente do Partido Comunista Brasileiro, integrando a luta pela redemocratização do Brasil entre as décadas de 1940 e 1960. Foi casado com a poetisa paraibana Margarida Lucena da Hora, nascida na cidade de Guarabira, com quem teve sete filhos: Lenora, Sandra, Leda, Ana, Sara, Iuri e Abelardo Filho. Faleceu em Recife, em 2014, aos 90 anos.

” Poemas Reunidos”

A inauguração contou também com o lançamento da segunda edição do livro “Poemas Reunidos (Editora A União). Publicação póstuma e de autoria da esposa de Abelardo da Hora, a guarabirense Margarida Lucena da Hora, a obra homenageia o casal de artistas, como destacou o governador João Azevêdo no texto de apresentação, resultado das emoções vividas pela autora.

O diretor de Mídia Impressa da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), William Costa, lembrou que tanto as obras do Memorial Abelardo da Hora quanto a obra literária de sua esposa dialogam. “Primeiro, é uma homenagem do Governo do Estado à família de Abelardo, neste dia histórico para toda a Paraíba. Nós, que fazemos a EPC, ficamos muito felizes em fazer parte dessa homenagem. Eu digo sempre que Abelardo fazia poesia com cerâmica, cimento; a sua esposa, com as palavras. Tanto este livro quanto as obras do MAH dialogam em vários aspectos: no protesto, na emoção”, acrescentou.

 

Da Redação com Assessoria

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