Categorias: Cultura

Com 30 mil pessoas, festival consagra Radiohead em SP

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Com os trinta mil ingressos postos à venda esgotados um dia antes do evento (pela metade do show do Radiohead nem os cambistas tinham entradas), o Just a Fest é forte candidato a melhor festival do ano em São Paulo – mesmo que ainda seja muito cedo para esse tipo de previsão.

A atração principal da noite foi o Radiohead: é a primeira vez que o quinteto inglês, uma das mais importantes bandas de rock do mundo, se apresentou no Brasil. Desde o sucesso internacional de “Ok computer”, álbum de 1997, que a banda é esperada pelo seu fiel grupo de fãs brasileiros. Com um show perfeito – reverente sem ser saudosista, contemporâneo sem ser afetado – a banda mostrou porque continua tão influente ao longo de quase duas décadas de carreira.
 

Antes disso, o Kraftwerk reescreveu a história moderna da música pop ao seu bel-prazer, num show feito a quatro laptops. Se a apresentação é parada, faz parte do próprio conceito da banda, onde homem e máquina se fundem irremediavelmente.
 

Responsáveis diretos por boa parte do que se entende hoje por “música eletrônica”, o Kraftwerk não quis criar nenhuma ilusão de sua modernidade: músicas mais antigas mantinham os mesmos timbres da época em que foram criadas, e os vídeos colaboravam mais ainda para cristalizar a imagem tecno-futurista do grupo.

O repertório foi impecável, com clássicos como “Trans-Europe Express” e “The model” (ressampleados por inúmeros artistas de eletrônica ao longo das décadas) mostrando a origem do tecno, da house, do electro e até do funk carioca. Enquanto isso, no telão, imagens diversas recontavam e davam contexto às músicas – ora um desfile de modelos, ora protestos contra os perigos da energia nuclear. Em “The robots”, o sonho cibernético se consuma, e os músicos são substituídos por robôs de verdade – os verdadeiros fantasmas da máquina.

 

 

Abrindo a noite, os cariocas do Los Hermanos voltavam à São Paulo depois de um hiato de quase dois anos. Felizes e emocionados, fizeram um show solto (ás vezes solto demais, com direito a erros) e não tocaram o hit “Anna Júlia”, mas compensaram qualquer problema com empolgação genuína.

Os fãs da banda estavam lá para ajudar, cantando todas as músicas de cor e participando o tempo todo: a abertura, com “Todo Carnaval tem seu fim” teve direito a chuva de confetes e serpentinas. Se os relatos do show no Rio mostravam o grupo tenso, quase burogrático, em São Paulo eles não hesitaram em nenhum momento em deixar as preocupações de lado. E dá-lhe dancinhas ébrias, “vocês estão muito lindos” e nenhuma declaração sobre uma possível volta em definitivo. Mas também, não era de se preocupar – foi só um show, e foi apenas um (belo) festival, literalmente.

 

G1

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