Três anos depois do disco “Cê”, que marcou seu reencontro com o rock, Caetano Veloso volta a lançar um disco à frente de uma banda jovem, em que o membro mais velho tem metade de sua idade. “É uma constatação, sou velho”, disse o cantor e compositor de 66 anos ao apresentar “Zii e Zie”, em entrevista na noite de terça-feira (14). “Todo mundo sabe que meu cabelo está quase todo branco”, brincou.
Mas Caetano afirma que a diferença de idade entre ele e o resto da banda – composta por Pedro Sá, Ricardo Dias Gomes e Marcelo Callado – foi um elemento positivo na produção do novo álbum. “As idades são diferentes, mas os interesses são os mesmos. No estúdio, a gente não teve momentos de incompreensão, foi uma situação límpida de comunicação”, conta.
O resultado é “Zii e zie”, composto de 13 faixas que têm como principal inspiração a paisagem chuvosa do Rio de Janeiro que marcou grande parte de 2008, quando as canções foram criadas. “Estava chovendo muito e achei aquilo muito bonito”, disse o músico, que, porém, confessa estar “morrendo de saudades” de São Paulo. “Hoje eu faria qualquer coisa para passar um mês inteiro lá”, afirmou.
Tios e tias
Quanto ao título do novo disco, Caetano disse que queria fazer referência ao cotidiano das cidades brasileiras, já que “Zii e zie” significa tios e tias em italiano. “É o que todos nós somos quando paramos no sinal de trânsito, tios e tias, é como os meninos nos chamam”, disse o cantor. “Na verdade, eu queria que o título fosse meio absurdo, meio ininteligível à primeira vista”, completou.
Com o lançamento do álbum, Caetano colocou fim ao seu blog, Obra em progresso, onde mostrou em primeira mão as novas canções e trocou informações com fãs durante os últimos meses. “Agora o blog acabou, ele já cumpriu sua função, terminou virando um botequim virtual”, disse o cantor, que afirma ter se adaptado muito bem a essa nova tecnologia, mas ainda não se rendeu aos telefones celulares. “Talvez eu ceda, talvez”, disse rindo.
Caetano Veloso também apontou como fonte de inspiração de “Zii e zie” a realidade política brasileira, principalmente os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso, os quais o cantor descreveu como “paraíso” e “sonho que parecia irrealizável”. Mas Caetano também citou a “tristeza mitigada” de enfrentar os problemas sociais do país. “A gente sabe que tem uma vida triste. Ainda estamos com esse mapa sinistro, em que o sistema latifundiário se manteve e a distribuição de renda é obscena”, disse. “Mas o Brasil está andando, o Obama até disse que o Lula é bonito”, brincou.
G1
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