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Brega e MPB animam a noite de aniversário dos 425 anos de João Pessoa nesta quinta-feira

A noite do aniversário de 425 anos da Capital, que acontece nesta quinta-feira (5), ganha uma programação diversificada, seja com o brega tradicional, na voz de um dos ícones do gênero, Odair José, na versão bem humorada do mesmo gênero, com a banda Omelete ou na MPB, com Léo Almeida. O público também terá a oportunidade de assistir, no tablado da Cultura Popular, a partir das 18h, com as repentistas Minevina e Soledade, Cirandeiros do Vale do Gramame e o Coco do Mestre Zuca, de Queimadas. O evento, que acontece no Ponto de cem Réis e na Praça Dom Adauto, é promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por intermédio da sua Fundação Cultural (Funjope).

O show de Odair José está previsto para acontecer à meia-noite. O artista, nascido no interior de Goiás, já na adolescência formou uma dupla caipira com um amigo. Aos 17 anos começou a compor e aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como cantor de boates suburbanas e circos. Nos anos 70 suas canções teveram influência da música caipira americana. Excursionou pelo country de raiz de Hank Williams e Johnny Cash em seus primeiros discos. Em 1972, a música ‘Cristo quem é você’, foi gravada por ele, com arranjos de Zé Rodrix, tendo a participação do grupo Som Imaginário.

O primeiro compacto, ‘Eu Vou Tirar Você Deste Lugar’, tornou-se um de seus grandes sucessos. Ele chegou a cantar a música em duo com Caetano Veloso no espetáculo ‘Phono 73’. Logo, Odair José se transformou no maior ídolo da música brega, vendendo milhões de discos e emplacando hits como ‘Pare de Tomar a Pílula’, proibida pela censura. Em 1977 surpreendeu ao criar uma ‘ópera-rock’, ‘O Filho de José e Maria’, mas logo em seguida voltou ao estilo antigo.

Em seus shows, Odair sempre agita o público com consagrados sucessos, a exemplo de ‘Eu Vou Tirar Você Deste Lugar’, ‘Assim Sou Eu’ e ‘A Noite Mais Linda Do Mundo. De volta à mídia desde o final da década de 1990, Odair José continua fazendo jus ao estilo musical que o levou as paradas de sucesso.

‘Ao Léo’ – O primeiro show da noite apresenta o pop regional de Léo Almeida, neste show, o artista acompanhado pelos músicos Fabiano Lira (bateria), Fabiano Formiga (guitarra), Chico Limeira (Contrabaixo) e DJ Guirraiz (programação eletrônica) tocará algumas composições gravada no seu CD ‘Ao Léo’, lançado em 2004, a exemplo de ‘www.unimundo.com’, ‘prateleira de creme’ e ‘margarida flor’, além do hit dos anos 80, ‘Menino de Mangabeira’. O compositor promete apresentar algumas canções inéditas, como ‘Abismo’ e ‘Fogo Eterno’.

Irreverência – A segunda atração da noite de aniversário da cidade é a Banda Omelete, que tem 17 anos de carreira, tendo durante este tempo, levando às pessoas clássicos do ‘brega’ com bom humor e muita irreverência. O grupo participa com muita freqüência dos shows do calendário cultural da Capital, tendo tocado em importantes projetos e festas populares, a exemplo da festa das neves, em edições anteriores. A banda Omelete se destaca no pequeno universo dos grupos musicais que se dedicam a fazer o público dar risadas. O espetáculo é interativo e a participação do público dá um tempero especial ao evento.

Cultura Popular – Como sempre, a Festa das Neves dá destaque as expressões culturais populares. Nesta noite, a programação conta com as repentistas Minervina e Soledade, a parceria da dupla, que dura 30 anos, tem conquistado o público em diferentes eventos culturais do país, principalmente no Nordeste.

O segundo grupo da noite são os Cirandeiros do Vale do Gramame, que vão animar o público com suas zabumbas de corda, caixas e ganzás, dando continuidade das tradições do litoral sul pessoense. Na região do Engenho Velho e proximidades, além do coco e cirandas tradicionais, é conhecida a existência de quadrilhas juninas locais. O grupo gravou um CD recentemente, repleto de cocos e cirandas, muitas das quais de autoria própria.

Já o Coco do Mestre Zé Zuca, da cidade de Queimadas, encerra a noite no tablado da Cultura Popular. O Coco do Mestre Zé Zuca reflete uma expressão cultural muito específica, em que se verificam influências decorrentes do fluxo demográfico havido de antigos habitantes de Pernambuco para a comunidade do Sítio Sulapa. Provavelmente influenciada pela brincadeira do cavalo marinho pernambucano, o coco brincado em Queimadas se diferencia por ser uma dança de desafio, em que a pessoa que entra no meio da roda provoca outra a lhe tomar o lugar, não sendo raro o uso de rasteiras para derrubar o desafiante.

 

Secom/JP

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