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A riqueza histórica e as ilustres personalidades sepultadas no maior cemitério de CG

Uma arquitetura para além dos muros. Um espaço rico em cultura e história. No local o silêncio impera. Os jazidos escondem uma história que o tempo não conseguiu apagar. Um acervo valioso exposto e pode ser observado pelos visitantes.

O cemitério de Nossa Senhora do Carmo bairro do Monte Santo em Campina Grande, o maior da cidade, guarda uma rica história da Rainha da Borborema. Há mais de 100 anos o cemitério, cumpre seu papel de lugar de resignação, despedida, dor e saudade.

Para além da triste incumbência, delegada a toda necrópole, o Monte Santo, guarda em seus jazigos, parte da história de ilustre personalidades políticas, religiosas e culturais da Rainha da Borborema. Entre seus mais de quatro mil túmulos, ilustres personalidades da política e da cultura estão sepultados no Monte Santo.
São incontáveis as figuras de relevo, personagens marcantes do passado, que ali descansam silenciosos e inertes, fazendo do espaço um mausoléu da história de Campina Grande.

Em meio as palmeiras imperiais que formam um corredor na entrada principal do cemitério, o visitante pode perceber, à esquerda, um túmulo que guarda os restos mortais de vários membros da família Figueiredo, raiz de uma das principais árvores genealógicas da Paraíba. Mais à frente, à direita, num enorme, porém, simples, o mausoléu onde está sepultado o homem que por mais tempo governou Campina Grande, o dinamarquês Cristiano Lauritzen, morto em 1923.

No Cemitério do Monte também estão enterrados o major Veneziano, falecido em 1962, e do seu filho, o jurista Antônio Vital do Rêgo. Tradicionalmente, este túmulo é um dos mais visitados no dia de Finados.

Sobre o bonito jazigo feito de mármore e granito, a sombra de uma árvore torna o local convidativo para o descanso.
No silêncio sepulcral do Monte Santo, também estão enterrados pessoas como o ex-governador Ronaldo Cunha Lima, o tribuno, poeta, jornalista e político Félix de Sousa Araújo, um dos maiores nomes da história campinense; morto em 1953, o historiador Irenêo Joffily, e Raymundo Asfora, encontrado morto em sua granja a uma semana antes de assumir o cargo de vice-governador.

Outros grandes nomes da Paraíba estão sepultados no cemitério Nossa Senhora Do Carmo Monte,como o ator, compositor e radialista Rosil Cavalcanti, falecido em 1968; a cantora Marinês, João Vieira da Silva, o “João Carga D’água”, apontado como o principal líder do início da revolta do “Quebra Quilos”, de 1874, e o cangaceiro Antônio Silvino.

Todos os anos um dos túmulos mais visitados é o da menina Isabel Cristina, assassinada nos anos 80 a caminho de casa, e que segundo relato de muitos campinenses, já realizou milagres.

De acordo com relato do ex-prefeito Elpídio de Almeida, em seu livro “História de Campina Grande”, o cemitério Nossa Senhora do Carmo teria sido construído entre 1899 e 1900, durante a gestão do prefeito João Lourenço Porto.

Severino Lopes
PBAgora

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