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A Entrevista é cancelado no Brasil

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 Sob a ameaça de ataques terroristas de hackers, a Sony Pictures chocou Hollywood ao cancelar a estreia do filme “A Entrevista”, com Seth Rogen e James Franco, na quarta-feira (18). Quem esperava apenas o adiamento do lançamento, ouviu o anúncio sem precedentes na história do cinema. “Sony Pictures não tem futuros planos de lançamentos para o filme”, disse o porta-voz do estúdio.

 

O lançamento da comédia também está cancelado “até segunda ordem” no Brasil, segundo assessoria de imprensa do estúdio no país. O filme estava programado para estrear em circuito nacional no dia 29 de janeiro.

 

Anteriormente, a Sony estava estudando lançar “A Entrevista” online, sob demanda. No entanto, de acordo com a “Variety”, o filme não deve ser lançado nem em DVD. Segundo a revista “The Wrap”, o prejuízo do estúdio pode chegar a US$ 90 milhões (cerca de R$ 230 milhões). Na comédia, James Franco e Seth Rogen interpretam dois jornalistas recrutados pela CIA para exterminar o líder norte-coreano Kim Jong Un.

 

Mais cedo, a Sony divulgou que também não irá lançar em março, como previsto, o longa “Pyongyang”, do diretor Gore Verbinski, estrelado por Steve Carell. Baseado na graphic novel de Guy Delisle, o suspense retrata experiências de um ocidental que trabalha na Coreia do Norte por um ano.
Nesta semana, os hackers, denominados como Guardians of Peace, chegaram a ameaçar a Sony caso o filme fosse lançado, evocando os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

 

Vítima de um ataque digital sem precedentes na história de Hollywood, os estúdios Sony vêm passando por uma série de constrangimentos com a divulgação de informações confidenciais sobre atores, diretores e vários de seus funcionários

Os hackers, que disseram também ser responsáveis por invadir os sistemas da Sony Corp no mês passado, alertaram na terça-feira (16) para que as pessoas ficassem longe dos cinemas que exibissem o filme estrelado por James Franco e Seth Rogen, e obscuramente relembraram os cinéfilos sobre os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

“Recomendamos que vocês se mantenham distantes desses lugares nesse período”, escreveram os hackers. “(Se sua casa for próxima, é melhor você sair).”

 

Desde o dia 24 de novembro, o norte-coreano “Guardians of Peace” vem divulgando centenas de dados sigilosas dos estúdios, como documentos de folhas de pagamentos, endereços e e-mails constrangedores trocados entre executivos têm sido liberados on-line.

Fontes ouvidas pela imprensa americanas afirmam que o governo da Coreia do Norte está diretamente ligado ao ataque a Sony Entertainment Pictures. Segundo a revista semanal “Time”, o serviço secreto americano deve confirmar nesta quinta-feira o envolvimento do país comandado por Kim Jong Um, embora a Coreia do Norte tenha negado veementemente o ataque.

 

Críticas de Hollywood
O cancelamento sem precedentes tomou de assalto Hollywood, que reagiu negativamente à notícia. O empresário Donald Trump, o ator Steve Carrell e até o roteirista e diretor de comédias Judd Aptow, amigo de Seth Rogen e James Franco, se posicionaram contrários ao cancelamento.

“Isso só garante que este filme será visto pelo maior número de pessoas na Terra do que seria antes. Legalmente ou ilegalmente, todos assistirão”, afirmou Aptow no Twitter.

 

O roteirista Aaron Sorkin, vencedor do Oscar por “A Rede Social”, disse que “os desejos dos terroristas foram compridos”, parte pelos membros facilmente distraídos da imprensa norte-americana que “escolheram (publica) fofocas movidos a desgraça alheia”

 

Até o presidente Barack Obama se manifestou e disse que sua recomendação é de que as pessoas não deixem de ir ao cinema.

 

Após o cancelamento, um cinema no Texas divulgou um comunicado de que vai substituir “A Entrevista” pela animação “Team América: Detonando o Mundo”. Produzido pelos criadores de “South Park”, o filme de 2004, também levantou polêmica por envolver o líder norte-coreano Kim Jong-il, pai de Kim Jong-um, em uma conspiração terrorista.

 

“Nós estamos apenas tentando fazer o melhor de uma situação lamentável”, afirmou o gerente do cinema, James Wallace. Nacionalista, ele pretende colocar bandeiras americanas na fachada do prédio. “Isso é como verdadeiros heróis americanos estará comemorando este ano, mas se você quer deixar os terroristas ganhar… bem, isso é uma prerrogativa sua.”

 

Folha Online

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