A partir de agora, órgãos para transplantes terão prioridade em voos de cinco companhias aéreas. TAM, Grupo Gol, Azul, Oceanair e Passaredo assinam, nesta quarta-feira (4), um acordo com o governo federal em que se comprometem a transportar gratuitamente – e com preferência – os órgãos e as equipes médicas envolvidas nos transplantes.
Em casos de voos lotados, as empresas poderão conversar com seus passageiros e pedir que eles, voluntariamente, abram mão de seu lugar em favor do órgão e embarquem no próximo voo.
O termo de cooperação técnica – que deve ser assinado às 19 horas pelas empresas, pelos Ministérios da Saúde e da Defesa, pela Secretaria de Aviação Civil e pela Força Aérea Brasileira (FAB) – deve aumentar em 10% o número de órgãos transportados, de acordo com o Ministério da Saúde.
O acordo também prevê que um representante da Central Nacional de Transplante fique 24 horas por dia no Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), para ter acesso a informações de voos e fazer o planejamento logístico do transporte dos órgãos. Serão oito enfermeiros que vão se revezar no monitoramento de informações como voos disponíveis e conexões, condições meteorológicas e aeroportos em reforma, por exemplo.
Segundo o Ministério da Saúde, 951 órgãos e 2.563 tecidos foram transportados em 2012, 14,6% do total de transplantes realizados no período. Em alguns estados, principalmente os do Norte, até 60% dos transplantes necessitam de logística aérea. Do início do ano até setembro, o número mais que dobrou, alcançando 3.514 transplantes.
Desde 2009, algumas empresas aéreas já transportavam voluntariamente órgãos para transplante. Agora, o acordo envolve mais empresas e determina a prioridade desse tipo de transporte.
Os oito enfermeiros já começam a operar neste fim de semana. “A participação permanente desses oito enfermeiros vai permitir o agendamento mais rápido para facilitar o acesso desses órgãos ao receptor final”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Em casos de voos lotados, as empresas poderão conversar com seus passageiros e pedir que eles, voluntariamente, abram mão de seu lugar em favor do órgão e embarquem no próximo voo. Durante o processo de embarque, comissários de bordo irão abordar o passageiro com uma notificação do Ministério da Saúde solicitando que ele voluntariamente possa remanejar o horário do voo.
“Nenhum passageiro será obrigado a aceitar a não embarcar e ceder o lugar para o órgão. Se ninguém se disponibilizar, vamos realocar aquele órgão em outro voo”, afirmou o ministro. “A gente sempre conta com o espírito de solidariedade das pessoas.”
Para o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, com o acordo, muitas vidas serão salvas. “Aderimos a esse acordo porque entendemos que o Brasil constrói um maior sistema público de transplantes”, afirmou. “Entendemos que além de transportar pessoas e cargas, passamos a atuar no sentido de garantir que um conjunto muito expressivo de vidas possam ser salvas.” Segundo Sanovicz, as empresas que assinaram o acordo representam 99% da aviação brasileira.
G1
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