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Total de mortos na Região Serrana do RJ chega a 522

Sobe para 5 número de cidades com mortes após chuva na Região Serrana
Prefeituras e Corpo de Bombeiros confirmam 522 mortos.
Quatro corpos foram achados em São José do Vale do Rio Preto, diz polícia

 

Subiu para cinco o número de cidades da Região Serrana com registro de mortes após as chuvas. Ao todo, já são 522 mortos, segundo as prefeituras e o Corpo de Bombeiros de Itaipava.

Segundo os últimos levantamentos, seriam 234 mortos em Friburgo, 228 em Teresópolis, 19 em Sumidouro, 39 em Petrópolis e 2 em São José do Vale do Rio Preto.

Já a Polícia Civil informou que quatro corpos foram resgatados em São José do Vale do Rio Preto, 227 em Nova Friburgo, 226 em Teresópolis, 41 em Petrópolis e 19 em Sumidouro, o que corresponde a um total de 517 mortos.

Nesta manhã, 225 homens da Força Nacional de Segurança chegaram à Região Serrana do Rio de Janeiro. Eles vão auxiliar nas buscas por vítimas e na manutenção da ordem pública nas áreas atingidas pelos temporais no estado, principalmente em Teresópolis.

Na quarta-feira, o Exército enviou 400 homens, 30 veículos, 2 retroescavadeiras, 2 carregadeiras, 1 gerador, 1 torre de iluminação e 6 helicópteros.

Estradas e energia

Estradas voltaram a ser interditadas na Região Serrana. Na RJ-116, o tráfego voltou a ser fechado no Km 92, devido a uma queda de barreira no Vale do Tainá, em Nova Friburgo. A BR-495, que liga Petrópolis a Teresópolis, está interditada no Km 20, em Itaipava. Uma ponte caiu no Km 102 e o tráfego segue no sistema pare e siga nos Kms 75 e 74.

Mais de 40 mil pessoas seguem sem energia elétrica na Região Serrana. Problema maior é em Nova Friburgo, onde 25 mil pessoas estão sem luz. Em São José do Vale do Rio Preto, a Ampla enviou geradores para suprir a demanda de postos de serviços essenciais.

Tumultos e saques

Teresópolis registrou nesta sexta-feira casos de saques. De acordo com informações da assessoria de comunicação da prefeitura, foram registrados nesta manhã dois assaltos a lojas do Centro, próximas à Calçada da Fama, a mais importante área de comércio da cidade. Comerciantes chegaram a fechar as portas.

O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlacek, anunciou nesta sexta-feira que a reconstrução da cidade custará mais de R$ 500 milhões. Na cidade, há 1200 desabrigados e 1300 desalojados.

Em Nova Friburgo, a queda de uma caixa d’água assustou os moradores. Em pânico, boa parte da população chegou a pensar que uma represa havia rompido. Muitas pessoas correram desesperados pela cidade (veja vídeo ao lado).

Mais um Hospital de Campanha do Corpo de Bombeiros foi montado em Nova Friburgo nesta sexta-feira. Com o hospital de campanha da Marinha que já funcionava, passam a ser dois na região.

Em Petrópolis, equipes de resgate trabalham para conseguir acessar uma localidade isolada, conhecida como Ponto Final, no Vale do Cuiabá, em Itaipava. Há notícias de que lá há 22 pessoas desaparecidas. Para o trabalho, serão utilizados três retroescavadeiras e 60 caminhões.

Esta já é considerada a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.

No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril. Em SP, durante o primeiro trimestre de 2010, quando a chuva destruiu São Luiz do Paraitinga e prejudicou outras 107 cidades, houve 78 mortes. Os números da Região Serrana do RJ superam ainda os de 2008 em Santa Catarina, com 135 mortes. Relembre outras tragédias.
 

 

G1

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