Na última quinta-feira (11) o superintendente-executivo de Gestão de Pessoas dos Correios, Alexandre Martins Vidor, afirmou que a estatal não terá recursos para pagar a segunda parcela do 13º salário dos trabalhadores. A declaração foi feita durante reunião com representantes sindicais no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
“Nós não teremos recurso para pagamento de décimo terceiro salário”, disse Vidor.
Já a diretora de Gestão de Pessoas dos Correios, Natália Teles da Mota, também revelou na mesma reunião que a empresa não teria condições de arcar com a folha salarial de dezembro.
“Hoje eu tenho uma folha em dezembro que supera R$ 1 bilhão, que eu não tenho como pagar”, afirmou.
Os Correios já pagaram a primeira parcela do 13º salário em 28 de novembro, mas a segunda deve ser quitada até 19 de dezembro. A empresa acumula prejuízo de R$ 6 bilhões até setembro de 2025, registrando o 13º trimestre consecutivo no vermelho.
Diante da crise, a estatal busca alternativas junto ao governo federal para honrar compromissos, incluindo a possibilidade de um empréstimo com aval do Tesouro Nacional ou até mesmo um aporte direto de recursos públicos.
Na quarta-feira (10), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que o governo pode injetar recursos na companhia.
Após as falas dos executivos na reunião com o TST, em nota os Correios afirmaram que nenhum benefício está suspenso neste momento e que seguem tratando o tema com “responsabilidade institucional”.
A empresa ainda informou que está em curso o processo de negociação do Plano de Reestruturação e do Acordo Coletivo de Trabalho.
PB Agora








