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Planalto cobra fim de passividade de governadores contra desigualdades

O governo federal fez uma reunião durante todo o dia ontem com governadores do Norte, Nordeste e de Mato Grosso para cobrar a redução dos índices de analfabetismo e mortalidade infantil. Apesar de o encontro ter sido organizado pela Secretaria de Relações Institucionais, de José Múcio Monteiro, coube à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) dar o puxão de orelhas nos governadores.  

Ogoverno federal fez uma reunião durante todo o dia ontem com governadores do Norte, Nordeste e de Mato Grosso para cobrar a redução dos índices de analfabetismo e mortalidade infantil. Apesar de o encontro ter sido organizado pela Secretaria de Relações Institucionais, de José Múcio Monteiro, coube à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) dar o puxão de orelhas nos governadores.

Dilma, candidata de Lula à sucessão, cobrou dos governadores e também dos prefeitos – que não foram convidados para o encontro – que abandonem a passividade, porque esses temas não podem ser solucionados pelo “governo central”. “Daqui de Brasília, nós não superaremos essas desigualdades e diferenças porque é na ponta, onde vocês estão, que as questões se resolvem”. A ministra disse que os modelos de desenvolvimento adotados anteriormente não consideravam o combate às desigualdades, mas concentravam renda. Apesar da cobrança, a ministra se mostrou sorridente e falante. Ao encerrar o discurso, pediu desculpas ao ministro Múcio por ter falado mais tempo do que ele.

O ministro José Múcio Monteiro afirmou que em março será firmado um compromisso entre União, Estados e municípios com o objetivo de diminuir os números negativos relativos aos indicadores sociais. “Em março, vamos firmar um compromisso para acelerar (as alternativas que visam a) redução das desigualdades regionais”, disse Múcio. “(Já conseguimos muito), há muito o que comemorar, mas há muito o que fazer nesses dois anos (até as próximas eleições)”, disse.
A divulgação dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi fundamental para que o governo federal despertasse para a necessidade de desenvolver políticas mais direcionadas ao combate às desigualdades sociais. O presidente Lula não gostou de saber que o Norte e Nordeste lideram o ranking nacional nessas áreas.

Ao sair da reunião no Palácio do Planalto, o governador Cássio Cunha Lima externou seu otimismo pela postura e iniciativa do governo federal, no sentido de estabelecer pactos, com metas, para que os entes federados avancem no combate às desigualdades sociais entre as regiões. “Foi algo de que sempre reclamamos e acho que é uma oportunidade histórica para virarmos o jogo em favor dos que mais precisam, principalmente no Nordeste” , avaliou Cássio.

O objetivo da reunião foi propor aos 17 governadores do Nordeste e Norte, além do Mato Grosso, parceria para reduzir os índices de desigualdade social nestas regiões. Os temas em discussão foram a mortalidade infantil, analfabetismo, agricultura familiar, registro civil, entre outros. Participaram da reunião os governadores do Norte, no caso Amazônia Legal – Amazonas, Amapá, Acre, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins – e do Nordeste – Alagoas, Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Nas discussões com os governadores estavam presentes os ministros de Relações Institucionais, José Múcio; da Educação, Fernando Haddad; da Saúde, José Gomes Temporão; do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel; da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi; e da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger.
 

 

Jornal da Paraíba

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