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Operação da PF mira Mauro Cid, seu pai e Wassef por venda ilegal de presentes recebidos por Bolsonaro

Equipes da Polícia Federal realizaram nesta sexta-feira (11) uma operação com o objetivo de investigar a alegada tentativa de venda ilegal de presentes dados ao governo brasileiro por delegações estrangeiras. A ação, que tem como alvos militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, levanta suspeitas sobre a atuação de uma possível milícia digital que ameaça a democracia. A operação recebeu o nome “Lucas 12:2”, em referência ao versículo bíblico que destaca a inevitabilidade da revelação da verdade oculta.

Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga a suposta milícia digital. Os alvos da operação incluem:

  1. Mauro Cesar Barbosa Cid: Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e tenente-coronel do Exército;
  2. Mauro Cesar Lorena Cid: General do Exército e pai de Mauro Cid;
  3. Osmar Crivelatti: Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército;
  4. Frederick Wassef: Advogado que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos judiciais.

As buscas foram realizadas em cidades como Brasília, São Paulo e Niterói (RJ), abrangendo diferentes locais onde os investigados têm presença ou vínculos.

O general Mauro Cesar Lorena Cid, colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras nos anos 1970, é apontado como o responsável por negociar as joias e outros bens estrangeiros nos Estados Unidos. Durante o governo Bolsonaro, ele ocupou um cargo ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami. De acordo com as investigações, o general recebia os valores das negociações em sua conta bancária.

As suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro levaram a Polícia Federal a solicitar cooperação internacional com os Estados Unidos, com o objetivo de quebrar o sigilo bancário da conta do general Lorena Cid. Esse tipo de transação, que envolve a compra e venda de joias, é considerado por especialistas um método clássico para encobrir atividades ilícitas, devido à sua natureza de aparente legitimidade.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, enfatizou a importância de investigar indícios de ilegalidades nesse tipo de transação. A ação da Polícia Federal visa a trazer à luz atividades obscuras e garantir que a justiça seja feita, corroborando com a ideia do versículo bíblico que inspirou o nome da operação: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido.”

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