O óbvio: as elites jurídicas não se importam!

PUBLICIDADE

A democracia brasileira é um caso peculiar no Ocidente: a sociedade é, em geral, mais conservadora, mas as pautas progressistas avançam dentro do jogo institucional comandado por elites jurídicas que sabem mas não se importam com a opinião popular.

De aborto à descriminalização de drogas, pautas progressistas encontram ressonância na cosmovisão das elites brasileiras. Todo mês tem um tema bombástico sendo juridicamente legalizado à revelia da maior parte da população.

Em maio desse ano, o STF permitiu assistolia fetal em bebês com mais de 22 semanas de gestação. Ontem, o STF descriminalizou o porte de maconha. No primeiro caso, a consequência tem sido abortos de bebês formados. No segundo, milhares de criminosos serão soltos, enquanto o uso de drogas se dissemina na sociedade.

É preciso dizer que questões tão politicamente polêmicas não deveriam ser decididas por juízes? É realmente preciso dizer toda semana que, em uma democracia, a população – representada por seus parlamentares – deveria ser ouvida para enfrentar questões tão polêmicas? É preciso dizer que ativismo judicial e juristocracia não são politicamente desejáveis em uma democracia?

A história da República brasileira sempre teve um componente autocrático: elites discutem e decidem questões polêmicas e usam os recursos do Estado, pagos pelo povo, para concretizar sua própria cosmovisão.

Tudo isso é juridicamente legal porque a Constituição permite todas as coisas às elites. A “cidadania” da população é assistir ou reclamar nas redes sociais, enquanto espera a próxima pauta polêmica para repetir a mesma liturgia de irritação e acomodação.

Uma mudança fundacional e estrutural começa de baixo: das famílias e comunidades à cultura e sociedade, é preciso haver uma influência gradual dos valores cristãos. Se essa atitude de longo prazo não acontecer, a tendência é que a sociedade continue apenas engolindo – não enxugando – gelo diante das dezenas de próximas pautas bombásticas.

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Servidores estaduais terão três dias de ponto facultativo neste final de ano; confira quais

As repartições públicas estaduais da Administração Direta e Indireta do Governo da Paraíba terão ponto…

22 de dezembro de 2025

Disque-Denúncia 197 ajuda Polícia a resgatar cavalo vítima de maus-tratos em CG

A Polícia Civil da Paraíba localizou o cavalo que quase provocou um acidente no último…

22 de dezembro de 2025

CMJP define Comissão de Recesso para período legislativo

A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) terá seus trabalhos acompanhados por uma Comissão de…

22 de dezembro de 2025

Wilson prevê consequências para Leitão após anúncio de apoio à pré-candidatura de Cícero

O secretário de Educação da Paraíba e deputado estadual licenciado, Wilson Filho (Republicanos), avaliou que…

22 de dezembro de 2025

Mersinho Lucena prioriza reeleição à Câmara Federal, mas mantém prefeitura de Cabedelo no radar político

O deputado federal Messinho Lucena afirmou, em entrevista nesta segunda-feira (22), que sua prioridade no…

22 de dezembro de 2025

Cícero sinaliza apoio a aliado de Vitor Hugo na eleição de Cabedelo, mas pondera: “É preciso ouvir a população”

O prefeito de João Pessoa e pré-candidato ao Governo da Paraíba, Cícero Lucena (PP), deu…

22 de dezembro de 2025