O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, vai prestar depoimento neste sábado, à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República em Curitiba (PR), onde voltou a morar.
Segundo fontes envolvidas na investigação, o depoimento deve ser tomado entre as 11 horas e 14 horas. Nesta sexta-feira, 1º, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, deferiu pedido formulado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e designou três procuradores indicados pela PGR para acompanhar o depoimento do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Na noite de quinta, o decano já tinha determinado a realização da oitiva em até cinco dias de Moro, atendendo ‘razões de urgências’ apresentadas por três parlamentares.
Reunião
Na véspera do depoimento de Moro, o presidente Jair Bolsonaro esteve reunido por cerca de três horas com o novo ministro da Justiça, André Mendonça, no Palácio da Alvorada.
Mendonça chegou acompanhado do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, por volta das 17h30. Os dois deixaram o local perto das 20h30 sem falar com a imprensa. O compromisso não contava na agenda oficial das autoridades.
Provas
O ex-ministro Sérgio Moro deve apresentar durante seu depoimento as provas contra o presidente Jair Bolsonaro, a quem acusou de querer interferir politicamente na Polícia Federal para obter informações sobre inquéritos em andamento.
No dia que deixou o cargo, Moro mostrou no Jornal Nacional, prints de conversas com a deputada federal Carla Zambelli, de quem é padrinho de casamento, onde a parlamentar supostamente oferecia um cargo no Supremo Tribunal Federal em troca da permanência de Moro no cargo.
Moro afirmou, em entrevista à revista Veja, que entregaria provas de acusações de interferência política do Planalto na Polícia Federal ‘em momento oportuno’.
Painel Político