Moradores sentiram pensão tremer

 Sônia Souza, de 44 anos, estava dormindo com o marido e o filho na madrugada deste sábado (23) quando sentiu sua casa tremer. “Começou a tremer, os vidros caíram, depois explodiu e todo mundo saiu correndo”, contou a moradora da pensão que explodiu após um vazamento de gás na Rua Glicério, na Liberdade.

Sônia morava há quase um ano no local e pagava R$550 pelo quarto. Apesar das perdas materiais, a moradora conta que ficou feliz porque encontrou sua gata, a “Lindinha”, horas após o acidente.

A explosão aconteceu na madrugada deste sábado (23) e deixou dez pessoas feridas. Um vazamento de gás na esquina da Rua Glicério com a Rua Barão de Iguapé seria o motivo do acidente. A pensão, que funcionava em uma casa germinada na Rua Glicério, tinha 28 quartos. O imóvel corre o risco de desabar.
O morador José Batista da Silva, de 60 anos, dormia com a mulher e o filho quando aconteceu a explosão. “A janela do meu quarto foi parar do outro lado da rua. Consegui tirar a tv e o som, mas o resto ficou tudo lá, amassado. Comprei tudo a vista, perder tudo assim é muito triste”. Ao sair da pensão, José pisou em dois pregos e teve de enfaixar o pé.

O contador Edson Rodrigues acordou com as telhas tremendo, achou que era briga e ao deixar a casa “deu de cara com a explosão”. Segundo ele, um dos moradores acendeu a luz, o que resultou na explosão. Esse morador e sua esposa teriam sido os que ficaram mais gravemente feridos com o acidente.
Patrícia Alquimin, de 30 anos, também dormia com a familia na hora da explosão. “Esperamos a fumaça sair pra não inalarmos muito e na saída nos arranhamos no assoalho, que subiu”. Ela, o marido e os filhos de 8 e 6 anos saíram com a roupa do corpo de casa.
Hold da banda CPM 22, Renan Siqueira mora a 3 casas da pensão. Ele só teve tempo de avisar os outros moradores, pegar uma mochila, o gato, e sair de casa. Ao sair, teve a mochila roubada. “Estou em estado de choque e ainda roubaram minha mochila”.

Marcos Jardim, proprietário de uma das casas germinadas, disse ao G1 que irá pedir indenização a Comgás pelos danos materiais causados no imóvel e aos moradores. A outra casa pertence a seu tio.
Os moradores foram cadastrados por assistentes sociais da Comgás e da defesa civil para serem realocados em albergues. Segundo a defesa civil, entretanto, moradias temporárias só serão providenciadas na segunda-feira (25), até lá os moradores devem buscar abrigo por conta própria.

G1