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Marcha da maconha pode inspirar tema de redação

A Marcha da Maconha, uma manifestação para pedir a legalização da droga que mobilizou milhares de pessoas em mais de 250 cidades do planeta no último sábado, pode inspirar temas de redação de vestibulares pelo País.

Na avaliação da professora Maria Aparecida Custódio, mais conhecida como Cida, do laboratório de redação do Curso e Colégio Objetivo, de São Paulo, os eventos do fim de semana podem levantar dois tipos de questionamento. “A marcha pode ser usada como pretexto para se discutir o conceito de liberdade. Até que ponto pode ser uma forma de expressão ou pode ser considerada apologia, incentivo ao uso de drogas. O outro tópico é sobre a legalização da maconha mesmo”, diz ela.

Assuntos polêmicos como descriminalização de drogas, racismo, aborto, pesquisas com células-tronco e eutanásia devem ser tratados com cuidado pelo vestibulando. Cida reforça a importância com o tratamento das opiniões apresentadas na redação. A professora lembra que a dissertação, tipo de texto mais pedido pelas universidades, é mais impessoal e exige uma análise racional da questão proposta. “O candidato não pode impor sua opinião como verdade absoluta”, diz.

Para desenvolver seu raciocínio, o vestibulando deve mostrar seu repertório cultural, apresentando dados relacionados ao tema e possíveis objeções a seu ponto de vista, para dar equilíbrio ao texto. Exemplos de outros países onde a droga foi legalizada, pesquisas científicas, estudos médicos e a opinião de personalidades sobre o assunto dão força aos argumentos do candidato, além de mostrar como ele está bem informado.

“Essas informações, que chamamos de evidências, servem como base para a construção de uma argumentação sólida para a tese que o candidato
defende”, ensina. A professora destaca também a importância de um encadeamento entre os argumentos apresentados ao longo do texto, para
que o vestibulando apresente uma redação coesa. Cida reforça que as universidade não fazem correções ideológicas, julgando a opinião do autor do texto, desde que ele use argumentos consistentes, moderados e sem radicalismos. “Tem de tomar cuidado para não parecer um discurso inflamado, a favor ou contra”, resume.

 

Assessoria

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