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Marcela Temer musa da República

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Marcela Tedeschi Temer está surpresa por ter se tornado a grande atração da posse da presidenta Dilma Rousseff. A ausência deuma primeira-dama, somada à beleza juvenil de ex-miss Campinas, rara no ambiente político de Brasília, transformou a mulher do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) em uma celebridade instantânea, sucesso na TV, nos jornais e na internet. “Não esperávamos por isso. Ela está um pouco assustada, esperando que isso vá passar logo”, disse a ÉPOCA Norma Araújo, de 57 anos, mãe de Marcela.

Segundo Norma, se soubesse do frisson que causaria, Marcela teria se preparado melhor para a cerimônia. O figurino com o qual a mulher de Temer subiu a rampa do Palácio do Planalto – uma saia justa de cetim e cintura alta com uma blusa berinjela que deixava um ombro à mostra – foi considerado “ousado” pela consultora de moda Costanza Pascolato. “Se houvesse protocolo no Brasil, ela não poderia ter ido à posse vestida com aquela roupa”, diz Costanza. De acordo com Norma, a preparação da filha para a festa foi extremamente simples. Marcela copiou o traje de uma revista de celebridades. A confecção das peças ficou a cargo de um costureiro desconhecido de São Paulo, amigo da dermatologista da senhora Temer. Marcela disse que usava bijuterias, e não joias, no dia da posse.

Aos 27 anos, ela é a terceira mulher de Michel Temer, de 70. Descrita pela família e pelos amigos como “discreta e recatada”, em quase oito anos de casamento ela apareceu em raríssimas ocasiões públicas ao lado do marido. Não frequenta festas em São Paulo nem em Brasília. Tampouco é vista no Congresso.

“A Marcela costuma dizer que a política ela deixa para o Michel”, diz seu tio, Geraldo Araújo. Ela nunca morou com o marido em Brasília. Até hoje, sempre ficou em São Paulo, em companhia do filho do casal, Michelzinho, de 2 anos. A bela vai agora se mudar para a capital federal. O Palácio do Jaburu, residência oficial dos vice-presidentes da República, passa por algumas reformas, inclusive com a instalação de proteção na piscina, para receber a família.

“Posso dizer que o Michel foi o primeiro namorado, namorado mesmo, da Marcela”
NORMA ARAÚJO, mãe
 

Marcela é a segunda de três filhos de uma dona de casa e um economista. Nasceu em Paulínia, no interior paulista. Foi educada em escola estadual. Na adolescência, costumava acompanhar a mãe, evangélica, aos cultos – hábito que perdeu depois do casamento. O único emprego que consta em seu currículo é o de recepcionista, aos 19 anos, no extinto jornal O momento, de Paulínia. A experiência durou quatro meses. “Marcela ganhava muito pouquinho e sua função era atender o telefone e receber os anunciantes. Ela era tímida, só falava o que lhe perguntavam”, diz o empresário Paulo Berenguel, seu ex-patrão. Desde que se casou com Michel Temer, Marcela não voltou a ter um emprego.

Em 2002, ela decidiu participar de concursos de miss. Tinha 19 anos, “Foi uma empolgação de adolescente”, diz a mãe. A primeira disputa foi em Paulínia, e Marcela ficou em segundo lugar. Depois vieram o título de Miss Campinas e o de Vice-Miss São Paulo. “A personalidade da Marcela chamava a atenção”, diz Daniella Vieira, uma de suas concorrentes no Miss Paulínia. “Ela era mais madura e reservada que as outras meninas.” A amiga a descreve como “avessa a badalação”, diz que “não saía à noite” e parecia ter “a intenção de casar e ter filho cedo”. “Pela beleza do corpo e do rosto, e pelo porte, Marcela merecia ter ganho em Paulínia”, diz Daniella.

No mesmo ano dos desfiles, Marcela conheceu Michel Temer. Ela acompanhava seu tio Geraldo, filiado ao PMDB e funcionário da prefeitura de Paulínia, a uma convenção do partido em que o vice-presidente também estava. Temer se encantou por ela ao primeiro olhar, relata o tio. E pediu um encontro com a moça. O convite foi aceito, mas Marcela foi ao encontro acompanhada pela mãe, Norma. Temer pediu a ela que permitisse o namoro entre os dois. “Posso dizer que Michel foi o primeiro namorado, namorado mesmo, de Marcela”, diz Norma. “Os propósitos dele eram corretos. Ele é uma pessoa maravilhosa.” Por cerca de um ano, Temer ia quase todos os fins de semana a Paulínia se encontrar com Marcela. O casamento, apenas no civil, aconteceu em julho de 2003, na casa de Temer, em São Paulo. A cerimônia foi restrita aos familiares dos noivos. De acordo com a família, não houve problemas pela diferença de idade do casal. “Isso nunca foi uma questão para nós, nem para eles”, diz Geraldo. Segundo ele, Marcela tem ótima relação com as três filhas de Temer, frutos de seu primeiro casamento. A primogênita de Temer é mais velha que Marcela. Temer tem ainda um filho, de 10 anos, do relacionamento que teve com uma jornalista.

Depois do casamento, Marcela, que tinha vagas aspirações de ser modelo, deixou os planos de lado. Em homenagem ao marido, tatuou o nome dele na nuca. E, sob influência de Michel, bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, ela ingressou na Faculdade Autônoma de Direito, em São Paulo. Formou-se no final de 2009, mas, segundo sua mãe, não prestou ainda o exame da Ordem dos Advogados do Brasil. A gravidez, primeiro, e os cuidados com o filho, depois, teriam impedido. Norma diz que prestar a OAB está nos planos da filha. Mas seu principal projeto agora parece ser submergir, afastar as comparações com a primeira-dama da França, Carla Bruni, e retornar ao posto de esposa discreta que ocupou nos últimos sete anos.

 

 

 

Época

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