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Julgamento terá depoimento de Bruno

 O júri popular do caso Eliza Samudio será retomado na tarde desta quarta-feira com o depoimento do goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza. Há a expectativa de uma confissão do ex-atleta do Flamengo. Ele responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da ex-modelo. A previsão é que o julgamento recomece às 13h no Fórum de Contagem (MG), região metropolitana de Belo Horizonte.

Ontem, foi ouvida por cerca de quatro horas a também ré do processo, Dayanne do Carmo Souza, ex-mulher do goleiro, que responde pelos crimes de sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. Dentre as várias informações passadas, Dayanne contou que encontrou com Eliza no sítio e conversou com a modelo. Ela negou os crimes pelos quais é acusada e disse que o atleta pediu para ela e as filhas saírem do sítio para a proteção da família.

Quem também depôs ontem foi a irmã de Sérgio Rosa Sales e prima do atleta, Célia Aparecida Rosa Sales. A mulher falou por três horas e tentou tirar o goleiro da cena do crime. Ela afirmou que o relacionamento de Dayanne e do goleiro com Eliza era bom e que não viu, em nenhum momento, algum ferimento na ex-modelo.

Assim como no primeiro dia de julgamento, Bruno voltou a se emocionar no plenário. Ele chorou bastante quando vídeos com reportagens e entrevistas de pessoas envolvidas no caso foram exibidos.

O caso Bruno
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão.

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado.

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo. O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O julgamento de Bruno e de Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi remarcado para 4 de março de 2013. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.

 

 

Terra

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