Juiz condena três ex-executivos da Camargo Corrêa à prisão

 O juiz federal Sergio Moro, que julga os acusados na Operação Lava Jato, condenou seis acusados de envolvimento no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e empreiteiras, entre eles três executivos afastados da construtora Camargo Corrêa – Dalton Avancini, Eduardo Leite e João Ricardo Auler. É a primeira condenação contra executivos de construtoras na Lava Jato.

O executivos são acusados de formação de cartel e pagamento de propinas em contratos da Petrobras nas obras das refinarias Getúlio Vargas (Paraná), Abreu e Lima (Pernambuco) e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Eles foram condenados pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Dalton Avancini era o presidente da Camargo Corrêa. Ele pegou 15 anos de prisão e multa de R$ 1,2 milhão. Como ele concordou em fazer delação premiada, poderá cumprir pena domiciliar, com tornezeleira eletrônica, até o ano que vem, quando passará para o semiaberto. Eduardo Leite foi o vice-presidente da construtora. Ele pegou 15 anos de prisão e multa de R$ 900 mil. Como também é delator, contará com os mesmos benefícios que Avancini. Já João Auler, que foi presidente do conselho de administração da empresa, pegou 9 anos de prisão e multa de R$ 288 mil.

A Camargo Corrêa diz que os executivos condenados não trabalham mais para a empresa, e deve se pronunciar sobre as condenações em nota.

Além dos três executivos, Moro condenou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (6 anos de prisão e multa de R$ 373 mil), o doleiro Alberto Youssef (8 anos de prisão e multa de R$ 593 mil) e o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como ‘Jayme Careca’ (11 anos de prisão e multa de R$ 285 mil).

Segundo o portal G1, Moro absolveu dois réus: Marcio Andrade Bonilho e Adarico Negromonte Filho, o irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. Os dois foram absolvidos por falta de provas.

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