Imagem: Reprodução Fantástico/TV Globo
Imagens inéditas divulgadas pelo o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica do Distrito Federal (Cime), em Brasília, mostraram como ficou a tornozeleira eletrônica queimada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro usou um ferro de soldar para danificar o equipamento.
O alerta no sistema de monitoração ocorreu precisamente à meia-noite e sete de sábado (22), indicando “violação do dispositivo”. Inicialmente, Bolsonaro comunicou aos policiais penais que faziam sua escolta que havia batido o equipamento em uma escada.
Ao receber a equipe do Cime, Bolsonaro admitiu a real causa da avaria. Ele confessou ter usado uma fonte de calor no dispositivo:
“Meti um ferro quente aí. Ferro de soldar.”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro também informou que a ação de danificar o equipamento havia começado “Já no final da tarde”.
A pulseira do dispositivo estava “aparentemente intacta,” mas o case havia sido violado. Relatório posterior da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) indicou que o equipamento trocado possuía “sinais claros e importantes de avaria”.
O documento apontou “marcas de queimadura em toda sua circunferência”. A tornozeleira violada foi enviada ao Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, onde será analisada por uma equipe multidisciplinar.
Bolsonaro usava tornozeleira eletrônica desde 18 de julho, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
A tecnologia de monitoramento evoluiu, e o Brasil tem mais de 170 mil tornozeleiras em uso, segundo dados do primeiro semestre de 2025. Cada dispositivo tem uma placa que integra GPS, modem e dois cartões de operadoras telefônicas diferentes, buscando evitar instabilidade ou queda de sinal.
Na tarde deste domingo (23), após audiência de custódia, a juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino homologou o cumprimento do mandado de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, constatando que não houve “qualquer abuso ou irregularidade por parte dos policiais”, conforme consta da decisão.
Na audiência, Bolsonaro confirmou que mexeu na tornozeleira eletrônica.
O ex-presidente disse que “teve uma certa paranoia de sexta para sábado em razão de medicamentos que tem tomado receitados por médicos diferentes e que interagiram de forma inadequada”. Os medicamentos apontados são o anticonvulsivante Pregabalina e o antidepressivo Sertralina.
Bolsonaro afirmou ainda que “não tinha qualquer intenção de fuga e que não houve rompimento da cinta”.
Nesta segunda-feira (24), o STF irá analisar a decisão da prisão preventiva de Bolsonaro. O ministro do STF Flávio Dino convocou uma sessão virtual extraordinária da Primeira Turma para referendar a decisão.
Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF), no sábado (22/11), após determinação de Moraes. Na decisão, o ministro do STF citou eventual risco de fuga diante da tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica e da vigília convocada pelo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, nas proximidades da casa onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.
Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas.
Na semana passada, a Primeira Turma da Corte rejeitou os embargos de declaração do ex-presidente e de mais seis acusados para reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado.
Redação
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