Imagem de médico acorrentando funcionário negro atesta resquícios do trabalho escravo no Brasil

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No último final de semana, o PB Agora publicou uma matéria relatando a existência do trabalho escravo na Paraíba. A matéria mostrou que os trabalhos em situação análoga à escravidão, acontecem em diversas cidades do interior paraibano, principalmente, em fazendas na zona Rural, conforme dados do Ministério Público do Trabalho. A situação mais recente foi registrada em Campina Grande, onde uma trabalhadora de 57 anos foi resgatada após passar 39 anos em situação análoga à escravidão.

Os municípios do Sertão da Paraíba têm o maior número de pessoas submetidas ao trabalho análogo à escravidão em outros estados do país. Segundo o Ministério Público, 88% das vítimas resgatadas são analfabetas ou com ensino fundamental incompleto e 46% são negras. A Inspeção do Trabalho resgatou 1.937 trabalhadores de condições análogas à escravidão em 2021.

Esta semana, uma cena chamou atenção das autoridades, o que atesta que os resquicios da escravidão ainda existem. Um médico acorrentou um funcionário negro, filmando e ironiza escravidão.

As imagens, que revoltaram a população e repercutiram nas redes sociais,  mostram um homem negro acorrentado enquanto outro filma e fala em “senzala” de forma debochada. De acordo com o Jornal O Hoje, a voz que aparece no vídeo é do médico Márcio Antônio Souza Junior, conhecido na Cidade de Goiás como Doutor Marcim.

O vídeo teria sido publicado no perfil do médico no Instagram e removida logo em seguida. As imagens mostram um homem negro acorrentado pelas mãos, pés e com uma argola no pescoço.

Aos risos, o médico diz: “Falei para estudar, mas ele não quer. Então vai ficar na minha senzala”. Em outro trecho, acrescenta: “Tenta fugir, pode ir embora” e o homem acorrentado também ri.

Procurado, o delegado Gustavo Cabral informou que policiais civis buscam pelo suposto funcionário do médico para ouvi-lo e entender se houve crime . “Para determinar como conduzir o inquérito a gente precisa saber o que de fato aconteceu”, diz o delegado.

O Brasil encontrou 1.937 pessoas em situação de escravidão contemporânea em 2021, maior número desde os 2.808 trabalhadores de 2013, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência.

PB Agora

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