Nos últimos dias, lembrei-me de um fato que se tornou emblemático em minha família. Quando minha irmã era criança, ao fazer uma traquinagem, minha mãe colocou-a de castigo e disse: “– Você vai fica ai pensando no que é certo e no que é errado”. Ao voltar pra liberá-la perguntou se já havia pensado, e ela de pronto, na filosofia dos seus cinco anos, respondeu: “– Pensei. Mas, o que é certo está errado, e o que é errado está certo!”
O Rio de Janeiro passou muito tempo com esse lema – “O que é certo está errado, e o que é errado está certo” -. Em nome de uma pseudo ‘bandeira dos direitos humanos’ as autoridades deixaram que os cidadãos passassem a ter seus direitos cerceados, enquanto a bandidagem tinha todos a liberdade para cometer seus delitos.
Após um século de sucessíveis erros políticos administrativos, onde prevaleceu sempre a “teoria do caos”, quanto pior melhor – quanto mais necessitada e ignorante a população mais fácil de vender o voto -, foi possível assistirmos, na última semana, pela primeira vez, uma reação do estado aos atos de vandalismo, barbárie dos marginais no Rio de Janeiro.
Precisou a violência chegar a índices alarmantes, uma guerra urbana, que ameaçasse os seus familiares, além de uma olimpíada à porta, para que governantes se dispusessem a ter uma reação, onde, na verdade, deveria ter sido, há muito tempo, uma ação. Só assim entenderam o velho provérbio: “Se queres paz, prepara-te para guerra”.
O fato é que a reação era mais do que necessária, mas o que fazer agora? A guerra a qual temos que nos preparar é a dos factóides oportunistas criados por irresponsáveis que pensam unicamente nos ‘seus filhos’ e esquecem os ‘filhos dos outros’.
O Brasil não consegue tomar conta de suas fronteiras. As drogas, as armas e a ligação com as FARC acontecem através delas. O Polígono da Maconha se estabelece em uma região onde a ausência do estado sempre foi proeminente, abastecendo o tráfigo dos grandes centros.
A polícia do Rio não tem contingente suficiente para manter a ocupação por muito tempo sem que prejudique a segurança de outros pontos da cidade. Os policiais são mal remunerados e, na sua maioria, mal treinados. Existe corrupção acentuada na polícia. As UPP´s não resolvem os problemas de segurança em curto prazo. A comunidade precisa de educação, escolas, creches e, sobretudo, cursos profissionalizantes. As favelas precisam de reurbanização, de infra-estrutura básica.
A palavra favela significa originalmente uma árvore pequena com galhos distribuídos de forma irregular. O tronco e as folhas são cheios de espinhos cuja furada queima como uma ferroada de abelha ou maribondo provocando inflamações dolorosas. Depois do advento da guerra de Canudos, este nome passou a designar as comunidades dos morros cariocas e depois em outras cidades. Apesar de hoje o nome ter outro significado, carrega as mesmas características de ter galhos distribuídos de forma irregular e cheios de espinhos que furam queimando.
“Pra população, bandido bom é bandido morto!”
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