Manifestantes realizam um ato contra a paralisação na produção de aço e a possível demissão de pelo menos 4 mil funcionários diretos da siderúrgica Usiminas em Cubatão (SP) desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (11). Ainda não há reflexos no trânsito da região, mas houve confusão.
Por volta das 6h50, manifestantes tentaram impedir a entrada de dezenas de ônibus que levam trabalhadores para empresa. A PM usou bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter o grupo. Pelo menos três manifestantes foram detidos por policiais militares. Segundo a PM, eles foram levados para a delegacia porque queriam impedir a entrada de trabalhadores no prédio.
A prefeitura decretou ponto facultativo, a partir das 11h, para incentivar os moradores a participarem das manifestações, já que a empresa é uma das maiores instaladas na área industrial da cidade e reune trabalhadores de toda a Baixada Santista.
Representantes do Sindicato da Construção Civil, Central Única dos Trabalhadores (CUT), e outros movimentos sindicais se reuniram na porta da siderúrgica. Depois da confusão com a PM, o grupo começou a deixar a porta da companhia e seguiu em direção à sede da prefeitura, onde está previsto um novo ato. Uma equipe do Batalhão de Choque da PM continua em frente à Usiminas, para evitar possíveis invasões.
Por volta das 6h, representantes do movimento Intersindical e da Polícia Militar inciaram uma negociação para estabelecer a área onde os manifestantes poderiam ficar.
A PM apresentou uma decisão judicial que delimitava que o grupo ficasse a uma “distância segura” dos portões de entrada da empresa.
“Essa decisão chegou nas nossas mãos às 19h desta terça-feira (10) e informava que deveríamos garantir que os portões estejam livres e que os manifestantes fiquem a uma distância prudente. Essa distância não foi pré determinada, então nós iremos fazer essa avaliação no local. Caso haja necessidade, utilizaremos a força”, afirmou o capitão da Polícia Militar, Daniel de Oliveira Maiche.
G1