O corpo de Pedro Falcão Pinheiro, a 240ª vítima do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, foi enterrado no domingo no Cemitério dos Sinos, em Santana do Livramento, fronteira do Brasil com o Uruguai. O jovem de 25 anos morreu no sábado de manhã, no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, onde estava internado havia 34 dias.
Cerca de 1.000 pessoas foram ao velório no salão nobre da prefeitura ou acompanharam o cortejo fúnebre. O jovem foi homenageado por um grupo de cavaleiros vestidos com trajes típicos gaúchos que seguiu o caminhão dos bombeiros que transportou o caixão.
Pinheiro estudava no Centro Universitário Franciscano e trabalhava na América Latina Logística. Ele estava na boate de Santa Maria quando um incêndio, provocado por fagulha de um show pirotécnico, destruiu o revestimento de espuma da casa. A maioria das vítimas morreu asfixiada por gases tóxicos. Pinheiro também sofreu graves queimaduras.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, das 145 pessoas que foram internadas por causa da tragédia, vinte ainda estão em hospitais de Santa Maria e Porto Alegre. Destas, dezoito já respiram sem a ajuda de aparelhos e apenas dois casos são considerados graves.
Esvaziamento – Em Porto Alegre, centenas de frequentadores do bar Ocidente, no bairro Bom Fim, tiveram de sair da casa noturna na madrugada de domingo. A interrupção da festa e o esvaziamento do bar foram solicitados pelos bombeiros, que enviaram uma equipe ao local depois de receberem reclamações, por telefone, de superlotação do espaço.
Em Santa Maria, as casas noturnas que comprovaram estar com documentação e esquema de segurança em dia voltaram a funcionar no fim de semana, depois de cinco semanas de fechamento compulsório, imposto pela prefeitura.
(Com Estadão Conteúdo)
