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Embaixada da Hungria demite funcionários brasileiros após vazamento de vídeos de Bolsonaro hospedado

Na sequência do vazamento de vídeos que mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro hospedado na Embaixada da Hungria em Brasília, a representação húngara demitiu dois funcionários brasileiros que prestavam serviços no local.

A decisão de demissão, sem justificativa formal da embaixada, afetou um secretário do embaixador húngaro no Brasil, Miklós Halmai, e um encarregado de manutenção geral. A notícia foi divulgada pela “CNN” e confirmada pela GloboNews.

Os vídeos, revelados pelo jornal “The New York Times”, mostraram Bolsonaro passando dois dias na embaixada após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal em uma investigação sobre tentativa de golpe de Estado.

Conforme as imagens do circuito interno da embaixada, Bolsonaro entrou e saiu do prédio, embora esses registros não tenham sido oficialmente divulgados pelo governo húngaro.

Segundo as normas do direito internacional, as embaixadas são consideradas territórios invioláveis, o que impede a intervenção da polícia local. Dessa forma, enquanto estiver dentro de uma embaixada estrangeira, um cidadão não pode ser alvo de busca ou prisão pelas autoridades locais.

Além dos dois demitidos, outros cinco brasileiros permanecem trabalhando na embaixada, incluindo um motorista, dois faxineiros e dois jardineiros.

Os funcionários demitidos possuíam acesso em tempo real ao sistema de vigilância da embaixada, cujas gravações eram armazenadas em uma sala não trancada, mas com acesso restrito por senha.

Em resposta à reportagem do “The New York Times”, o ministro Alexandre de Moraes concedeu um prazo de 48 horas para que Bolsonaro explicasse sua estadia na embaixada. A defesa do ex-presidente argumentou que seria “ilógico” sugerir que sua presença na embaixada tinha motivações relacionadas a um pedido de asilo ou a uma tentativa de fuga de investigações.

Esses argumentos foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem até o fim desta semana para emitir um posicionamento a Moraes.

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