Com apenas 10 meses, Laís Xavier já está brincando carnaval pelas ladeiras do sítio histórico de Olinda na manhã desta segunda-feira (23). Fantasiada de bailarina, ela não reclamou do sol quente nem do som dos trompetes enquanto acompanhava o bloco Eu Acho é Pouquinho no colo do pai, o professor Anderson Xavier, de 32 anos. “Nós gostamos de carnaval e resolvemos trazê-la para ela ir se acostumando”, disse a mãe, a também professora Emanuela Baltazar, de 30 anos.
O bloco foi criado em 1982 pelos fundadores do tradicional Eu Acho é Pouco – que desfila na cidade há 32 anos – para que seus filhos também pudessem curtir o carnaval. No agremiação mirim, o dragão do bloco ganhou uma chupeta e a orquestra toca músicas infantis em ritmo de frevo.
Vestida de passista e de chupeta na boca, Alice Pastik, de 1 ano e meio, acompanhou, andando pelas ladeiras, o bloco junto com o pai e avó. Foi ela quem escolheu a fantasia, segundo o pai, o designer Carlos Pastick, de 38 anos, que diz ter um bloco de carnaval chamado Gardenal e que também criou o Gardenalzinho para as filhas participarem da folia.
Já com 5 anos e há quatro anos desfilando no Eu Acho é Pouquinho, Márcio Coutinho espera ansioso o dia de curtir a folia. “Toda vez que chega essa época ele pergunta ‘mamãe, quando é o dia do meu carnaval?’. Digo que eles têm que gostar de frevo antes de gostar de rock”, conta a funcionária pública Rafaella Araújo, de 35 anos, que este ano levou o caçula, Miguel, de 1 ano e meio, para acompanhar o bloco pela primeira vez. A família tem tradição no carnaval. Aos 76 anos, a avó dos garotos, a aposentada Maria Rodrigues, também acompanhou a agremiação.
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