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Corpo de Clodovil deixa Assembleia sob aplausos

O velório do deputado federal Clodovil Hernandes na Assembleia Legislativa de São Paulo terminou às 16 h. O caixão com o corpo do estilista e parlamentar foi fechado sob aplausos e levado para o cemitério do Morumbi. O rápido enterro foi realizado por volta das 17h e contou com a presença de fãs e eleitores. Clodovil foi enterrado próximo à lápide da sua mãe, Izabel Sanchez Hernandes, falecida em 1986.

No Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo, o velório terminou por volta das 16 horas. O padre Juarez de Castro fez uma última homenagem a Clodovil. “A moda perde o seu humor e a TV perde a sua irreverência”, disse. Em seguida, o padre rezou o salmo 23, que diz: “O senhor é meu pastor e nada me faltará.”Estima-se que mais de mil pessoas compareceram a Assembleia para se despedir de Clodovil.

 

O coronel Jairo Paes de Lira deverá assumir o cargo de deputado federal na vaga deixada pelo deputado Clodovil Hernandes (PR-SP). O coronel Jairo Lira, que comandou o 3º Batalhão de Choque, participou da última eleição para deputado federal pelo PTC e ficou como primeiro suplente do partido. Ele obteve menos de sete mil votos.

 

Um dos mais famosos estilistas e apresentadores do Brasil, Clodovil foi o terceiro deputado federal mais votado do País nas eleições de 2006, com 493.951 votos. Morto hoje, aos 71 anos, em consequência de um acidente vascular cerebral (AVC), Clodovil concluiu uma biografia que teve na polêmica uma das principais marcas registradas.

 

Filho de pais adotivos, Clodovil nasceu em 1937, na cidade de Elisário, interior de São Paulo. Aos 20 anos, se mudou para a capital paulista e logo se firmou como costureiro das celebridades, entre elas Elis Regina, Cacilda Becker e as famílias Diniz e Matarazzo. Na década de 1990, passou a se dedicar somente à televisão, comandando programas como o “TV Mulher”, na Rede Globo, junto com Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo. Clodovil passou também pelas redes Manchete, Gazeta e RedeTV.

Alvo de diversas acusações de racismo, o deputado e apresentador chegou a dizer em uma entrevista, em 2005, que perdera a conta de quantos processo respondia. Em 2004, em um de seus programas, Clodovil chamou a então vereadora de São Paulo Claudete Alves (PT-SP) de “macaca de tailleur metida a besta”. No ano seguinte, disse à deputada Cida Diogo (PT-RJ) que atualmente “as mulheres trabalham deitadas e descansam em pé”. Ele chamou também a deputada de “mulher feia”.

Eleito pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC-SP), Clodovil deixou a legenda em 2007 para integrar os quadros do Partido da República (PR-SP). Acusado de infidelidade partidária, foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quinta-feira passada. O suplente Jairo Paes Lira, do PTC de São Paulo, assumirá a vaga do parlamentar.

 

Clodovil passou mal na madrugada de segunda-feira, 16, e morreu na terça, aos 71 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC).

 

Estadão

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