Está chegando o momento de atrasar o relógio. O horário de verão termina neste sábado (17), e, em dez Estados e no Distrito Federal, os ponteiros devem voltar uma hora à meia-noite.
A mudança pode ser pequena, mas ela tem o potencial de afetar o funcionamento do nosso organismo e ter impactos sobre o bem-estar e a saúde, explica o médico John Araujo, professor titular de Cronobiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
“As pessoas pensam que vão ganhar uma hora, acabam ficando acordadas uma hora a mais e perdem o controle do horário de ir dormir. Acabam dormindo menos de sábado para domingo e de domingo para segunda-feira”, diz Araujo.
“O sono tem um efeito reparador principalmente para o cérebro, e o acúmulo de privação de sono tem os mesmos efeitos de estar embriagado: afeta nossa capacidade de atenção e concentração, reflexos e destreza motora e aumenta a chance de haver acidentes.”
Mas como minimizar esses efeitos e “atrasar” também o ritmo do corpo, acostumado desde 15 de outubro do ano passado com dias que amanhecem e anoitecem mais tarde?
O que fazer
A boa notícia é que é mais fácil se adaptar ao fim do horário de verão do que ao começo, explica a neurologista Andrea Barcelar, presidente da Associação Brasileira do Sono.
“Também é assim quando viajamos. É mais simples se acostumar com um novo fuso horário e dormir mais tarde quando vamos para oeste, rumo aos Estados Unidos, por exemplo, do que dormir mais cedo quando vamos para o leste, na direção da Europa”, diz Barcelar.
A melhor forma de atenuar as consequências do fim do horário de verão, explica a neurologista, é adaptar o corpo aos poucos à mudança de horário, antecipando o momento de ir dormir dia a dia. “Nosso corpo leva cerca de dois dias para se ajustar a uma mudança de 15 minutos, então, para 1 hora, seria necessária uma semana”, diz Barcelar.
Redação com G1