Aposentada de Brasília tem coleção de quase 600 papais noéis
Primeiro item da coleção foi feito pela própria aposentada, há 50 anos. Ela mesma conserta e customiza peças e rejeita mamães noéis e renas.
Na casa da aposentada Garibaldina Cortez Gurgel, 77 anos, em Brasília, o Natal começa em meados de outubro. É nessa época que ela tira das muitas caixas uma coleção de de 576 papais noéis. Para acomodar tantos bons velhinhos, o apartamento dela, na Asa Sul, recebe prateleiras e móveis onde são colocados os bonecos. Toalhas, quadros e toda referência ao símbolo natalino são expostos na sala, quartos, banheiro e até na cozinha.
A admiração por papais noéis vem da infância. “Éramos nove filhos e meus pais não costumavam dar presente de Natal. Mas eu sempre gostei dessa época. Tenho lembranças de quando tinha 6, 7 anos. Só aos 11 anos de idade soube que Papai Noel não existia”, lembra.
Garibaldina, que nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, conta que começou a coleção “oficialmente” quando se mudou para Brasília, na década de 70, vinda de São Paulo. Desde então, os papais noéis se transformaram no seu presente favorito.
“Se quer me dar um presente, pode me dar um Papai Noel. Prefiro ele a joias”, conta a senhora, que faz aniversário no dia 15 de novembro e comemora a data com bolo com desenho de Papai Noel. Difícil é conseguir presentear alguém com o bom velhinho. “Eu compro para dar de presente, mas acabo desistindo e fico [com ele] para mim.”
Apesar de a coleção “oficial” ter começado nos anos 70, o primeiro item foi produzido em 1961, pela própria aposentada. Também foi ela que fez o primeiro Papai Noel negro do grupo. “É difícil encontrar papais noéis negros no Brasil. Uma vez um amigo questionou porque eu não tinha nenhum. Fui e fiz o primeiro, depois, ganhei outros vindos dos Estados Unidos.”
A coleção da aposentada tem exemplares da Itália, Rússia, Estados Unidos, Irlanda e até de países da África, mas os itens preferidos da aposentada são os tradicionais “made in China.” São esses que consomem a maioria das pilhas compradas aos montes todos os anos. Eles sobem em escadas, andam de bicicleta, se escondem em chaminés, acendem a barriga e tocam muita música. “Agora, bem que eles podiam fazer umas músicas em português”, sugere Garibaldina, em referência as canções em inglês.
Seletiva, Garibaldina diz que mamães noéis e renas só são aceitas se estiverem acompanhando o astro do Natal, que tem que ter “cara de gente” – sem nariz de bolinha e com roupa vermelha e branca. “Estou tentando me acostumar às novidades, acho que estou me acostumando”, diz, em referência aos bonecos customizados.
As novidades bem-vindas são aquelas realizadas pela própria Garibaldina. Em um Papai Noel que “parecia anêmico” ela aplicou blush; um que tinha “olhar de pessoa má” teve o olho pintado.
Nenhum Papai Noel vai para o lixo. De R$ 20 ou R$ 400, comprado em loja fina, feira ou antiquário, no Brasil ou em outro país, a colecionadora falou que lava, conserta e reforma os bonecos. “Até achei uma loja para consertar, fui levar e queriam me cobrar R$ 45. Aí faço eu mesma o conserto”, brinca.
G1
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