Recentemente, uma vereadora de São Paulo propôs um projeto de lei para proibir que artistas que compõem músicas de apologia ao crime recebam recursos públicos.
Oruam, filho do traficante Marcinho VP, é conhecido por suas letras com conteúdo de apologia ao crime. Ele chamou a parlamentar de “doente mental” e pediu a seus fãs que “a tornassem famosa”. A vereadora passou a receber ameaças criminosas.
Deve o Estado financiar artistas cujas composições enaltecem o crime? Primeiramente, o Estado não pode controlar o conteúdo de produções artísticas de uma sociedade, sob pena de se instalar uma censura generalizada daquilo que burocratas decidirem como inadequado.
Contudo, o Estado não é neutro e se orienta por alguma moral pública na alocação de seus recursos. Não é moralmente correto que o Estado financie apologia ao crime. O Estado pode trabalhar para conscientizar sobre a imoralidade desse tipo de produção artística.
A bandidolatria é a cultura imoral de se exaltar o crime. Essa é uma falha moral que não pode ser punida coercitivamente pelo Estado. Uma parte da sociedade – falida moralmente – gosta de conteúdo de exaltação ao crime.
Assim, 1) é imoral que o Estado financie bandidolaria; 2) o Estado pode fazer campanhas de conscientização de não exaltação ao crime; e 3) o Estado deve punir severamente os crimes de ameaça, injúria, difamação a parlamentares e cidadãos.
Aqui está um papel fundamental para cristãos e igrejas: salgarem uma sociedade que é capaz de louvar o crime. O testemunho bíblico torna uma sociedade mais moral. É preciso um trabalho cultural constante de cristãos em crítica à bandidolatria e em reforço de valores morais corretos.