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“Mecanismo de habituação”, diz especialista sobre mortes por covid-19 não causarem mais impacto

O Brasil caminha para 100 mil vítimas fatais da doença, que segue avançando. Nunca tantos brasileiros perderam a vida em tão pouco tempo, apesar disso a psicóloga Mônica Farias revela motivos dos números de mortes por covid-19 não causar mais tanto impacto junto a população.

Na Paraíba são quase 2 mil mortos, nessa que já pode ser considerada uma das maiores tragédias da história. Do total de vítimas fatais no Brasil, a Paraíba registra cerca de 2% com 2,2% de letalidade – taxa que considera o quantitativo óbitos em relação aos casos confirmados – ficando, inclusive, abaixo da média nacional, que atualmente é de 3,3%. Em Pernambuco, por exemplo, a taxa de letalidade gira em torno dos 6,7% com o vizinho estado caminhando para 7 mil mortes. São quase 5 meses de pandemia e além da duração, a mecanicidade das informações e a volta gradual da rotina podem estar influenciando no comportamento das pessoas.

Ao comentar os motivos de uma certa insensibilidade por parte da população, em relação ao número de mortos na pandemia. “Um mecanismo de habituação em relação ao que está se passando. Percebemos que muitas pessoas até evitam acessar esses dados, quase como uma forma de negação em relação à realidade. Mas é preciso compreender o seguinte: não é que os números não toquem às pessoas, mas há um cansaço psicológico em torno do tema”, afirma a psicóloga. A especialista aponta também para a importância do equilíbrio em relação ao momento delicado pelo qual o mundo todo está passando. “É necessário ter consciência desses números, sem pânico, mas sem minimizar os dados e sem negar a realidade que, por mais dura que seja, está aí. É preciso ter compaixão e empatia até porque vivemos em comunidade e nesse momento milhares de vidas foram perdidas”.

Redação

 

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