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SMS orienta sobre hepatites virais e explica o tratamento da doença

 Uma doença silenciosa que nem sempre apresenta sintomas, a hepatite é uma inflamação no fígado causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

As hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C, mas existem, ainda, os vírus D e E. Segundo o Ministério da Saúde (MS) milhões de pessoas no país são portadoras dos vírus B ou C, mas não sabem, correndo o risco das doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.

 

O médico infectologista do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Francisco de Assis explica que mesmo sendo uma doença, na maioria dos casos assintomática, ela tem cura. “O importante é que não se espere o surgimento de sintomas para se fazer os testes, caso a pessoa esteja no grupo de risco o ideal é ir atrás do teste rápido o quanto antes, pois quanto mais rápido é descoberta a doença maior a chance da cura”.

De acordo com o infectologista estão no grupo de risco a população que não usa preservativo no ato sexual, que compartilham seringas, pessoas que fizeram transfusão de sangue até a década de 1970, que compartilham alicates e cortadores de unha em salões de beleza, que tenham parceiros com a doença.

 

As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.

 

Casos – Segundo o MS, de 1999 a 2011 foram notificados 343.853 casos de hepatites virais no Brasil, incluindo os cinco tipos da doença – A, B, C, D e E. O último Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais no Brasil foi divulgado em 25 de julho de 2012.

 

Elara Leite teve hepatite C, mas até o diagnóstico foram quase seis meses, isso porque ela demorou a apresentar sintomas. “Fiquei surpresa quando descobri que era hepatite C afinal eu não estava no grupo de risco, mas me tranquilizei ao saber que todo o tratamento era ofertado de graça pelo SUS”, comenta Elara, que hoje esta curada.

 

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan Net) do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2015 foram registrados 826 novos casos notificados de hepatites virais em João Pessoa e 661 de Aids.

 

Teste rápido – Na Rede Municipal de Saúde é ofertado o teste rápido para a hepatite C, que é realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e os resultado é dado em até 30 minutos. Além do CTA várias Unidades de Saúde da Família (USFs) também realizam o teste rápido. Basta o usuário procurar a USF mais próxima para se informar sobre a melhor forma de fazer o exame.

 

Outra forma de identificar a doença é através da sorologia, feita a partir de exames de sangue e os resultados são divulgados em no máximo 10 dias. Caso o usuário seja identificado com a doença é encaminhado ao hospital Clementino Fraga ou Hospital Universitário para que inicie o tratamento.

 

Para saber mais informações, o usuário pode ir ao Centro de Testagem e Aconselhamento de João Pessoa, lá a pessoa pode receber orientação e ainda fazer o teste rápido para HIV e sífilis. Vale lembrar que a identidade do cidadão é preservada. O Centro funciona das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, está localizado na Rua Alberto de Brito, S/N, Cais Jaguaribe. O telefone de contato é o (83) 3214-6092.

 

 

Secom-JP

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