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SMS da Capital oferta gratuitamente tratamento para tuberculose nas USFs e Cais

 A doença que geralmente é causada por uma infecção derivada da bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), a tuberculose afeta principalmente os pulmões e, em alguns casos, pode acometer outros órgãos, como rins, ossos e meninges, que são membranas que envolvem o cérebro. Visando o bem-estar da população que sofre com a doença, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) oferta assistência para orientação, prevenção e tratamento nas Unidades de Saúde da Família (USFs) e nos Centros de Atenção Integral a Saúde (Cais).

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o tratamento da doença dura no mínimo seis meses e, nesse período, o estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e usuário é fundamental para se reduzir as chances de abandono do paciente ao tratamento.

“A transmissão é de forma direta, ou seja, de pessoa para pessoa. Um indivíduo com tuberculose expele ao falar, espirrar ou tossir pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outra pessoa contaminando-a. Uma má alimentação, falta de higiene, consumos de cigarro e bebidas alcoólicas, ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica também favorece o estabelecimento da tuberculose”, explica Eveline Vilar, coordenadora da Área Técnica de Tuberculose e Hanseníase da SMS.

Como parte da assistência dada pela PMJP, soma-se o Tratamento Diretamente Observado (TDO) da tuberculose, que consiste na observação diária da tomada dos medicamentos por um profissional da equipe de saúde ou por algum cuidador responsável.

Exame – O exame de baciloscopia de escarro, realizado para detectar a doença, é feito nas USFs e nos Cais todos os dias. Em seguida, o material é encaminhado ao Centro de Saúde de Mandacaru, onde é feito à análise laboratorial. O resultado é disponibilizado on-line em 24h e o usuário recebe o diagnóstico na sua USF de referência.

“O exame é simples e realizado pelo Sistema Único de Saúde nas USFs e Cais. Caso a pessoa seja identificada portadora da doença deve iniciar o tratamento imediatamente”, explicou Eveline Vilar. “É importante dizer também que as pessoas que convivem com o doente também devem ser examinadas, afinal, a cura de um é a prevenção de todos”, completou.

Alguns sintomas frequentes em pessoas com a doença são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração.

Nadja Marques, médica na Rede Municipal de Saúde, ressalta que o cuidado para a prevenção da tuberculose deve ser diário. “São mais vulneráveis à doença a população indígenas, presidiários, moradores de rua, pessoas que vivem em abrigos e idosos em asilos, além dos portadores do vírus HIV”, explica.

Dados – De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, o Brasil reduziu em 22,8% a incidência de casos novos de tuberculose e em 20,7% a taxa de mortalidade da doença. Em 2014, a incidência foi de 33,5 casos por 100 mil habitantes, contra 43,4/100 mil em 2004. A taxa de mortalidade de 2013 foi de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes, abaixo dos 2,9 óbitos por 100 mil habitantes registrados em 2003.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa mostram que em 2014 foram confirmados 377 novos casos da doença na Capital. Já em 2013, foram 399 casos, sendo 74% curados e 3% de óbito.

Prevenção – Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas da Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.



Secom-JP

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