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Site britânico revela barreiras em pesquisa do zika na PB

 Uma nova linha de investigação analisada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pode revelar um cenário ainda mais alarmante em relação à epidemia de zika vírus no país. Um teste feito em laboratório apontou a possibilidade de transmissão também através dos mosquitos de gênero Culex, os pernilongos comuns. Apesar de preliminar, a informação reforça a importância dos cuidados para evitar a proliferação dos insetos. Site Britânico revela que pesquisa na Paraíba esbarra em problemas logísticos.

O estudo foi divulgado, nesta quarta-feira, durante o último dia do workshop “A,B,C,D,E do Vírus Zika”, realizado na Fiocruz Pernambuco e que atrai mais de 300 especialistas do mundo. Através de testes em laboratório, os pesquisadores comprovaram a capacidade vetorial dos mosquitos comuns.

Os especialistas infectaram 200 Culex e 200 Aedes aegypti com o vírus e detectaram a presença do zika nas glândulas salivares. “Os mosquitos que circulam por aí podem não estar contaminados. O que ficou provado foi a capacidade vetorial. Os resultados ainda são preliminares e não sabemos se eles transmitem para humanos”, esclareceu a vice-presidente da Fiocruz, a pesquisadora Constância Ayres.

A próxima fase do estudo é analisar os insetos que estão nas ruas. “Vamos começar a fase de campo. A equipe vai coletar cerca de 10 mil mosquitos (Aedes aegypti e Culex) nos bairros com mais incidência em municípios diversos. Só então saberemos se os mosquitos que estão circulando nas ruas estão infectados”, adiantou a pesquisadora. A descoberta ainda não foi publicada, mas o artigo já está pronto. “Só falta submeter”, concluiu Constância Ayres.

Paraíba – O site BBC Brasil trouxe que cientistas americanos iniciaram a pesquisa do zika na Paraíba esbarrando em problemas logísticos. Segundo o portal Maria da Luz Mendes Santos soube aos sete meses de gravidez que a menina que esperava viria com uma condição na qual nunca tinha ouvido falar. “Disseram que ela estava com microcefalia e eu não sabia o que era. Fiquei muito assustada”, lembra ela na maternidade Cândida Vargas, em João Pessoa, na Paraíba. “Agora estou mais tranquila. Ela é sadia e sabida”, diz, com a filha no colo.

Heloisy tem dois meses e até hoje sua mãe não sabe o que causou a microcefalia. A condição a uniu a centenas de outros bebês nascidos com cabeças menores que o perímetro de 32 centímetros estabelecido como parâmetro pelo governo. Maria da Luz não acha que teve zika; só se lembra do que interpretou como uma gripe, por volta dos 5 meses de gravidez.

Agora espera ter uma resposta concreta em breve, fazendo parte de uma pesquisa que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) acaba de começar na Paraíba – o segundo Estado mais afetado pelo surto de microcefalia, com 59 casos confirmados e 440 ainda em investigação.

 

Redação

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