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Síndrome de Burnout atinge 30% dos trabalhadores e pode resultar em problemas cardiovasculares

O cansaço excessivo pode estar ligado à Síndrome de Burnout, denominação utilizada para explicar um quadro de colapso físico e mental. O problema, caracterizado pelo distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico é resultante de situações de trabalho desgastante, também pode acarretar problemas cardiovasculares.

O cardiologista do Sistema Hapvida, Alexandre Gayoso, explica que a Síndrome de Burnout está associada a um maior risco de doenças do coração e eventos cardiovasculares devido ao processo inflamatório que provoca, levando a aumento da pressão arterial, estresse oxidativo e evento tromboembólicos.

De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) a Síndrome de Burnout afeta mais de 30% dos trabalhadores brasileiros. Esse tipo de esgotamento não é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma doença ou condição médica, mas é reconhecido como um fator que influencia na saúde, inclusive na do coração.

Por isso, Alexandre Gayoso sugere que a partir do momento em que um indivíduo for diagnosticado com a Síndrome de Burnout, passe a acompanhar também a saúde do coração. “Como se trata de uma síndrome complexa, com diversos sintomas e manifestações e resultante de uma soma de fatores, é importante sim o acompanhamento do cardiologista para prevenção de complicações cardiovasculares. Requer mudança de estilo de vida e rotina da pessoa”, pondera.

Entre as doenças mais comuns de ocorrer em decorrência da Síndrome de Burnout estão a ansiedade, depressão, hipertensão arterial, insônia e obesidade. “O infarto, inclusive, pode ser sim considerado um dos problemas cardiovasculares decorrente da síndrome pelo maior risco de ruptura de placas de aterosclerose, assim como formação de trombos e vasoespasmo”, explica o cardiologista.

Para evitar que a Síndrome de Burnout venha a trazer consequências à saúde do coração o melhor caminho é a prevenção. “A melhor coisa a se fazer é prevenir. Atividade física, alimentação balanceada, sono adequado são os pilares para o tratamento e prevenção cardiovascular”, orienta e finaliza.

PB Agora

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