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Secretaria confirma o oitavo caso da Gripe A na Paraíba

Surfista de 31 anos foi infectado pelo H1N1,
Mas já recebeu alta. PB tem a 30ª suspeita da doença

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou, nesta quinta-feira (30), o oitavo caso de influenza A-H1N1 e notificou a 30ª suspeita da doença, no Estado. O exame do surfista de 31 anos, que está internado no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, deu positivo para o novo vírus, mas ele já saiu do período de transmissão da doença e recebeu alta do isolamento hospitalar. O Governo do Estado vai intensificar as ações de prevenção e controle da doença, mobilizando órgãos estaduais, municípios e a população, principalmente os estudantes, preparando a Paraíba para enfrentar a pandemia. A gripe A matou uma pessoa no Estado este ano, enquanto que a gripe comum já fez 127 vítimas no mesmo período.

A gerente de Resposta Rápida da SES, Diana Pinto, disse que a população não precisa entrar em pânico, porque a Paraíba, o Brasil e o mundo, pela primeira vez na história, estão tratando a gripe (toda gripe) como ela realmente deve ser tratada. “Todos os dias, a gripe comum mata brasileiros. Já matou 1.642 paraibanos, nos últimos quatro anos e meio. É preciso tomar cuidado com a influenza A, mas é o mesmo cuidado que se deve ter com a gripe comum”, afirmou.
Assistência – Diana Pinto destacou que o principal é garantir a assistência ao doente com doença respiratória aguda grave (DRAG) ou que esteja no grupo de risco, como era o caso do estudante de Enfermagem, que adquiriu a doença em Brasília e morreu na terça-feira (28), no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa, onde estava internado.

“Ele era um paciente com uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e estava aposentado por invalidez por causa dessa doença e sabia de suas limitações. Só a viagem que ele fez a Brasília já era um risco e ele sabia disso. Qualquer gripe poderia provocar a sua morte”, lembrou.
O oitavo caso – O surfista de 31 anos, que mora em João Pessoa e teve exame positivo para o H1N1, foi internado no HU no dia 24 último e não foi medicado, porque chegou ao hospital com mais de 48 horas depois do início dos sintomas, ultrapassando o período de transmissão do vírus. Ele foi hospitalizado porque tem uma imunodeficiência. O paciente deve ter adquirido a doença no Rio de Janeiro, onde participou de um campeonato de surf.

Nesta quinta-feira (30), foi notificada a 30ª suspeita da nova gripe. Um estivador de 49 anos, morador de João Pessoa, foi atendido no HU com síndrome gripal, acompanhada de dispnéia (falta de ar). Ele foi hospitalizado e iniciou a medicação. Continuam em investigação os casos da estudante de 18 anos, uma dona-de-casa de 39 anos e um uma professora universitária de 31, que estão em isolamento hospitalar. Desde o surgimento do novo vírus, a SES notificou 29 casos suspeitos de gripe A-H1N1, sendo que oito foram confirmadas e 18 descartadas.

Prevenção e controle – Durante uma reunião no Palácio da Redenção, na quarta-feira (29), entre o governador José Maranhão e os secretários de Saúde, José Maria de França; da Educação, Sales Gaudêncio, e de Comunicação, Lena Guimarães, ficou definido que a Paraíba, embora não tendo casos autóctones e evidência de circulação do novo vírus, intensificaria as ações de prevenção e controle da doença. Dentro dessa perspectiva, nesta sexta-feira (31), a SES deve reunir dirigentes dos hospitais regionais do Estado. Na próxima semana, tanto a SES quando a Secretaria da Educação querem reunir representantes das regionais.

“Determinamos que fosse feita uma reunião com as regionais de Saúde e os hospitais regionais do Estado para ampliar a estrutura que existe atualmente, como uma forma preventiva, já que hoje temos leitos suficientes. A SES dispõe de um telefone gratuito para tirar dúvidas da população (0800 281 2300) e com a Secretaria de Educação vai fazer uma campanha nas escolas do Estado. Como não há vacina para o novo vírus, que imunize as pessoas mais suscetíveis, vamos tentar retardar os surtos no Estado através de cuidados de higiene e prevenção”, afirmou o secretário José Maria de França.
 

 

SES

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