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PMCG deixa pacientes com Parkinson sem medicamentos

 Uma denúncia publicada na edição deste domingo (20) do Jornal da Paraíba trouxe a tona uma triste realidade enfrentada por mais de 280 pacientes com doença de Parkinson em Campina Grande que não recebem seus medicamentos há dois meses por parte da Secretaria Municipal de Saúde.

 

Segundo a ampla matéria se a aposentada Luzia Rodrigues da Fonseca, 85 anos, fosse esperar pelo medicamento que recebe mensalmente na farmácia do Posto de Saúde Francisco Pinto, em Campina Grande, seu tratamento contra o Parkinson seria prejudicado e os sintomas da doença se agravariam. Há cerca de 2 meses, ela não recebe o remédio Prolopa e tem sido obrigada a comprá-lo. Ela é um dos 280 pacientes com a doença na cidade que estão prejudicados com a suspensão da entrega do medicamento.

 

Segundo os familiares da aposentada, é a segunda vez este ano que a entrega do medicamento foi suspensa. “Cada caixa custa em torno de R$ 60 e ela chega a tomar até três caixas por mês. Para ela, que recebe um salário mínimo e também compra medicamentos para problemas no coração e hipertensão, é um gasto considerável”, explica Djanira Rodrigues, neta da paciente.

 

Se Luzia Rodrigues estivesse sem tomar o medicamento indicado para combater os sintomas do Parkinson, eles provavelmente já teriam se acentuado. O neurologista Marcos Wagner explica que o Prolopa é direcionado principalmente para amenizar os tremores dos pacientes e que as interrupções no tratamento trazem resultados negativos, inclusive no quadro geral da doença.

 

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da assessoria de comunicação, informou que após tomar conhecimento das denuncias o medicamento foi comprado e na próxima terça- feira estará disponível na farmácia do Centro de Saúde Francisco Pinto.

 

Para alguns doentes de Parkinson, a realização de cirurgias de estimulação cerebral amenizam os sintomas, mas segundo o neurologista Marcos Wagner o procedimento não está disponível na rede pública, em Campina Grande. “As cirurgias são uma exceção no tratamento, pois, na maioria dos casos, bons resultados são obtidos com medicamentos”, explica o especialista.

 

Redação com JP

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