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Paraíba zera transmissão do vírus HIV de mãe para filho

Nos anos de 2016 e 2017 não houve nenhuma transmissão vertical do HIV, ou seja, a mãe portadora do vírus não passou para a criança durante a gestação, nem no parto, nem na amamentação. Os dados constam no Boletim Epidemiológico relacionado aos casos de HIV/Aids entre os anos de 2007 a novembro de 2018 divulgado nesta sexta-feira (30) pela Secretaria de Estado da Saúde. Nesse período, a mortalidade teve uma redução de 30%.

“Este dado se deve à qualificação do pré-natal realizado na Atenção Básica, que diagnostica precocemente a doença, e, ainda, do acompanhamento da gestante feito pelas maternidades durante o parto e pós-parto”, explicou a gerente operacional das ISTs/HIV/Aids/Hepatites Virais da SES, Ivoneide Lucena.

Nos últimos dez anos, foram foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 7.726 casos de HIV/Aids, incluindo adultos, gestantes e crianças. Destaque para o ano de 2010, que teve um aumento da detecção de casos, sendo mais expressivo a partir de 2014, quando foi instituída a obrigatoriedade da notificação compulsória da infecção pelo HIV (portaria 1.271 de 6 de Junho de 2014). Quanto à mortalidade, a redução foi de 30% durante estes dez anos.

Perfil – Na Paraíba, atualmente, o perfil de casos de HIV/Aids é de heterossexuais (49,9%), de 15 a 39 anos (66,5%) e com escolaridade variada.

“É preciso reforçar que a Aids tem atingido consideravelmente a população jovem no nosso Estado e no Brasil. Isso acontece porque os jovens acreditam que a Aids não mata mais por ter se tornado uma doença crônica e esta é uma visão completamente errada. Não é porque a medicação é gratuita que não devemos nos preocupar, pelo contrário. O HIV não escolhe cor, idade, gênero, nem orientação sexual e ainda mata sim”, observou Ivoneide Lucena.

Dezembro Vermelho – A SES promove nesta segunda-feira (3) a abertura do Dezembro Vermelho, uma ação alusiva ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, que existe há 30 anos e é celebrado em 1º de dezembro. O evento começa às 10h, na sede SES, com a presença da secretária estadual de Saúde, Claudia Veras e da infectologista Joana Frade, que fará uma explanação sobre a doença. Terá, ainda, um café da manhã para os presentes.

Ações – As ações relacionadas à temática de HIV/AIDS são coordenadas pela Gerência Operacional de IST/AIDS e Hepatites Virais da SES, que tem o papel de acompanhar a Política Nacional de Enfrentamento as ISTs para implementação de estratégias de prevenção (através da distribuição de preservativos masculino e feminino e gel lubrificante) e de diagnóstico (com a realização de capacitações dos profissionais para realização de teste rápido e gerenciamento da logística de distribuição dos kits, bem como apoio a diagnóstico e acompanhamento dos agravos).

Tratamento – A SES coordena a distribuição de antirretrovirais junto ao Núcleo de Assistência Farmacêutica. Na Paraíba existem oito serviços de atendimento especializado em HIV/Aids que fazem a distribuição dos antirretrovirais. O Complexo Hospitalar Clementino Fraga é o serviço de referência para todo estado da Paraíba no atendimento ambulatorial e hospitalar de adultos com HIV/AIDS. O Complexo disponibiliza serviços de diagnóstico, tratamento e acompanhamento, atendimento de urgência, internação hospitalar, UTI e profilaxias.

O Clementino Fraga é a principal unidade notificadora da Paraíba para casos novos de HIV/AIDS, sendo ainda o serviço mais procurado para diagnóstico, tratamento e profilaxias. Neste ano (2018) 73,56% das notificações de HIV/AIDS realizadas na Paraíba foram no CHCF, correspondendo ao número de 473 pessoas diagnosticadas (período de janeiro a 27 de novembro de 2018).

Em todo o Estado, existem Serviços de Assistência Especializada (SAE) em HIV/Aids: SAE Municipal de João Pessoa e SAE Hospital Universitário Lauro Wanderley (em João Pessoa); SAE Santa Rita; SAE Municipal de Campina Grande e SAE Hospital Universitário Alcides Carneiro (em Campina Grande); SAE Patos.

 

Secom

 


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