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Meninas receberão vacina contra o HPV nas escolas públicas e privadas

 Prevista para ser iniciada em março, a vacinação gratuita de meninas entre 11 e 13 anos contra o vírus HPV, que protege contra o câncer de colo de útero, deverá ser feita prioritariamente em escolas, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O anúncio foi feito durante evento no Instituto Butantan, em São Paulo, no qual o laboratório responsável pela produção do item entregou o primeiro lote de vacinas, com 4 milhões de doses.

 

“Cada município vai poder ter uma estratégia específica de vacinação. Alguns vão utilizar um espaço dentro da escola, outros vão concentrar nos postos de saúde. Nós daremos as duas opções, mas vamos reforçar nos municípios que as ações na escola devem ser priorizadas”, disse Padilha. A vacina só será aplicada com autorização dos pais ou responsáveis.

 

Para aumentar a eficácia, o ministério decidiu realizar a imunização das meninas em três doses. A primeira será realizada em 36 mil salas de vacina do SUS e pelas escolas públicas e privadas. A segunda e a terceira doses, respectivamente aplicadas seis meses e cinco anos após a primeira vacinação, serão realizadas apenas pelo SUS. Esse esquema de dosagem espaçada é recomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e atualmente é usado por Canadá, Suíça, México e Colômbia.

 

Segundo o Ministério da Saúde, foram investidos R$ 465 milhões na compra desses lotes. Uma parceria entre o laboratório Merck Sharp & Dohme (MSD) e o Instituto Butantan vai permitir que, em cinco anos, a fabricação do produto seja 100% nacional. Até agora, a vacina estava disponível apenas na rede particular, ao custo de R$ 1 mil as três doses.

 

Ampliação – Segundo o Ministério, a partir do ano que vem, a oferta da vacina será ampliada para meninas a partir dos 9 anos. “É muito importante que as doses da vacina sejam dadas antes de qualquer atividade sexual realizada”, disse Padilha.

 

O câncer de colo de útero é o segundo tipo de tumor mais comum entre as brasileiras. Mais de 5 mil mulheres morreram em decorrência da doença em 2011, último dado disponível.

 

A vacina que será distribuída na rede pública protege a mulher contra quatro tipos de vírus HPV. Dois deles (16 e 18) são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero.

 

As prefeituras e escolas terão liberdade para adotar também esquemas específicos de imunização. As adolescentes terão de apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Os pais que não quiserem que suas filhas sejam vacinadas terão de assinar um termo de recusa.

Redação com Estadão e Zero Hora

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