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Médicos paraibanos se reúnem para discutir manejo de pacientes com dengue

Na dengue, o desaparecimento da febre aliado ao surgimento de outros sintomas
pode ser um sinal da complicação da doença. Mas, no dia-a-dia, detalhes como
este, às vezes, passam despercebidos e podem prejudicar o tratamento de
pacientes com formas graves da doença. Pensando nisso, o Conselho Regional de
Medicina da Paraíba (CRM/PB), com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde
(SES), reunirá no próximo dia 21, em João Pessoa, médicos paraibanos para
discutir o ‘manejo clínico do paciente com dengue’. O encontro acontecerá das 8h
às 12h no auditório do CRM, em João Pessoa. Segundo o último levantamento da
SES, este ano, foram confirmados 1.782 casos de dengue no Estado, com três
mortes por febre hemorrágica.

O presidente do CRM/PB, João Medeiros, disse que o órgão decidiu convocar os
médicos para essa discussão, em decorrência do elevado número de casos de dengue
confirmados, este ano, no Estado. “Esse encontro faz parte de um programa de
educação médica continuada que temos no CRM e será muito importante, porque os
médicos precisam se atualizar em relação às normas sobre o diagnóstico e o
tratamento da dengue. Enviamos convite para todos os profissionais cadastrados
no conselho e esperamos a presença, principalmente, dos que atuam em unidades
básicas de saúde e na emergência dos hospitais”, disse.

A gerente operacional de Vigilância Epidemiológica da SES, Nadja Rocha, lembrou
que a dengue pode evoluir para formas graves. “A pessoa infectada pelo mosquito
Aedes aegypti pode ter uma infecção inaparente (sem sintomas) ou pode apresentar
uma dengue clássica (com sintomas, como febre, dor de cabeça e nos olhos, dores
musculares e nas articulações, prostração e manchas na pele). A doença ainda
pode evoluir para uma febre hemorrágica da dengue (caracterizada,
principalmente, pelo extravazamento do líquido dos vasos sanguineos), que pode
levar à síndrome de choque da dengue ou ‘choque hipovolêmico’, podendo levar o
paciente à morte”, explicou Nadja.

Sinal de alerta – O médico infectologista do Hospital Clementino Fraga, em João
Pessoa, ressaltou que, nos casos de FHD, assim que a febre acaba, o paciente
começa a apresentar sinais de alerta, que se não forem tratados com rapidez,
podem levar à morte. “O desaparecimento da febre, nesse caso, pode confundir. Só
o médico pode diferenciar as patologias e, por isso, o paciente deve procurar o
atendimento no início dos sintomas e retornar ao estabelecimento de saúde para
avaliação médica e identificação de sintomas ou sinais que possam sugerir a
evolução da doença.”, disse Francisco.

DEN-4 – Segundo Francisco Paiva, as crianças têm mais chances de contrair a
doença, pois a maioria nunca entrou em contato com nenhum sorotipo do vírus:
DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Até agora, só havia evidência da circulação dos
três primeiros tipos, mas, na semana passada, o Ministério da Saúde alertou as
secretarias estaduais da Saúde sobre a entrada do sorotipo 4, no Brasil. A SES
já faz o monitoramento do vírus no Estado e está alertando os municípios para
intensificação das medidas de prevenção e controle da dengue.

“Para fazer esse monitoramento, o Ministério da Saúde e a SES implantaram três
unidades sentinelas em João Pessoa, que coletam sangue de pacientes suspeitos de
dengue, que chegam nesses serviços até o quinto dia do início da doença.
Confirmada a positividade para dengue, através de exame feito no Laboratório
Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen), o sangue é encaminhado ao Lacen de
Pernambuco para identificação do sorotipo. Este ano, só há evidências da
circulação do DEN-1 e DEN-2, na Paraíba”, informou Nadja Rocha.
Programação do encontro -O encontro do dia 21, contará com uma palestra sobre a
‘Atual situação epidemiológica da dengue no Estado’, ministrada pela médica
sanitarista e gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Cleane Toscano.
Em seguida, o médico Francisco de Assis Paiva vai falar sobre o ‘Manejo clínico
do paciente com dengue’.

 

Assessoria

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