Os acidentes envolvendo traumas por quedas são os atendimentos mais comuns no
Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. Só
no ano passado, 12.778 pessoas deram entrada na unidade de saúde. Em relação ao
mesmo período de 2020 foi observado um aumento de 9,6%, tendo em vista que
foram 11.660 atendimentos.
“Tombos aparentemente bobos podem até acabar em morte”. O alerta é do diretor
geral do complexo hospitalar, Laecio Bragante: “Os casos mais graves são os em
que a pessoa bate a cabeça ou se lesiona na região cervical”, explicou. Durante os
boletins divulgados semanalmente em que as entradas da emergência são detalhadas,
se percebeu que de janeiro a dezembro de 2021, a queda da própria altura esteve
sempre em primeiro lugar, com 12.194 casos, representando 95,43% deste tipo de
acidente.
Os dados também revelaram que as mulheres caíram mais com 6.168, porém os
homens estavam muito próximos delas com 6.026. As vítimas mais frequentes de
quedas foram a classe jovem (4.600), seguida de idosos (3.909), crianças (3.705) e
adolescentes (564). Entre os seis motivos mais comuns de atendimentos de quedas
estão, além da queda da própria altura (12.194), por andaime (91), árvores (41),
caminhão (08), escada (437) e ônibus (03).
A dona de casa, Cristina Rodrigues, 64 anos, disse que já caiu pelo menos três vezes
e se machucou feio e o motivo seria pressa. “Apesar de todos os cuidados que tento
tomar já não tenho o mesmo equilíbrio e por isso vivo caindo. Na última queda que
sofri tive que ser socorrida ao Hospital de Trauma e passar por procedimento
cirúrgico no ombro, mas graças ao novo setor destinado ao idoso minha cirurgia saiu
em dois dias, e hoje me recupero em casa”, salientou.
PB Agora
