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Hospitais do Estado realizam o teste da orelhinha, essencial para o bebê

 Duas unidades de saúde da rede estadual, a Maternidade Frei Damião e o
Hospital Edson Ramalho, realizam o exame “Emissões Otoacústicas
Evocadas?, conhecido popularmente como o “Teste da Orelhinha?. Esse
exame é simples, mas essencial para a vida do bebê, já que a
audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento
completo da criança. De acordo com os especialistas, o bebê já
escuta a partir do quinto mês de gestação, quando houve os sons do
corpo da mamãe e sua voz.

O fonoaudiólogo Bruno Ribeiro de Oliveira, coordenador do Serviço de
Fonoaudiologia do Hospital Edson Ramalho da Polícia Militar, explica
que a audição é o sentido imprescindível para o inicio do
desenvolvimento da linguagem. “A mínima perda da capacidade auditiva
impede de receber adequadamente as informações sonoras, essenciais
para a aquisição da linguagem. É por meio desse sentido e da
experiência que as crianças têm com os sons, ainda na barriga da
mãe, que se inicia o desenvolvimento com a linguagem?, explica.

O Hospital Edson Ramalho é um dos centros audiológicos de referência
do Ministério da Saúde, pois nele são realizados exames necessários
para diagnosticar a perda auditiva em recém-nascidos, crianças,
adultos e idosos. No Edson Ramalho , são realizados em média cerca de
320 exames por mês, e a unidade de saúde também oferece uma gama de
diagnóstico auditivo diferencial e um desses procedimentos é o teste
da orelinha.

Na Maternidade Frei Damião, o teste da orelhinha é feito desde janeiro
de 2008 e está é inserido no programa de triagem auditiva neonatal. Em
2011, até o mês de setembro, 3.123 crianças foram beneficiadas com o
exame.

A importância do exame – O exame é realizado por fonoaudiólogos, leva
em torno de 10 minutos, não tem qualquer contra-indicação. Também
não causa incomodo ou desconforto ao bebê e não exige nenhum tipo de
intervenção invasiva. Inicia-se com um levantamento e registro de
dados que identifiquem indicadores de risco para o desenvolvimento da
audição e da linguagem, posteriormente procede-se ao exame
propriamente dito, na presença do responsável previamente esclarecido.
Com a finalidade de complementação do exame de Emissões Otoacústica,
o reflexo cócleo-palpebral é analisado frente à estimulação de um
agogô.

O fonoaudiólogo alerta que caso os pais não tenham feito o Teste da
Orelhinha em seus filhos logo após o nascimento, poderão fazê-lo
posteriormente outros testes, como as avaliações auditivas feita por
uma fonoaudióloga que podem mostrar se uma criança tem ou não perda
auditiva. “Muitas vezes, a própria percepção dos pais indica que algo
pode estar ocorrendo, por exemplo, se a criança só responde a sons
muito altos e não reage a estímulos habituais como o chamado da mãe,
é bom procurar um otorrinolaringologista”, alerta.

Bruno Oliveira destaca importância da implantação do Serviço
Fonoaudiológico com enfoque a Triagem Auditiva Neonatal nas
maternidades do Estado, fazendo com que a avaliação auditiva chegue a
todos os recém nascidos. Essa ação, segundo o fonoaudiólogo, vai
garantir que bebês e crianças identificadas com problemas de surdez ou
não, tenham acesso à triagem, diagnóstico e à intervenção o mais
breve possível, oferecendo um futuro desenvolvimento adequado da
linguagem e consequentemente melhor socialização.

 

Secom-PB

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