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Gripe suína vai piorar, diz cientista

O vírus da gripe suína deverá dar três voltas ao mundo, afirma estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso significa que nos próximos dois invernos o Brasil e os demais países do planeta poderão ter novamente que enfrentar o problema. A esperança da comunidade científica é de que, até lá, seja desenvolvida vacina que possa ser aplicada em larga escala.
 

As ‘voltas ao mundo’ ocorrerão se o vírus da gripe suína (A H1N1) sofrer mutações — o que é extremamente comum nos ‘Influenza’, causadores de gripes — e ficar mais facilmente transmissível. As informações são do documento ‘Avaliando a gravidade da pandemia de Influenza’, da OMS. Especialistas ressaltam que os Influenza costumam retornar por mais dois invernos.

A organização afirma, porém, que o impacto do problema é variável, pois a manifestação do vírus depende da estrutura de Saúde do país. “Um vírus que causa apenas sintomas brandos em países com sistemas de saúde sólidos pode se tornar devastador em locais com carência de hospitais, medicamentos e profissionais da saúde”, afirma o documento.

Para Davis Ferreira, do Departamento de Virologia da UFRJ, não há como prever se o vírus ficará mais ou menos letal. “Quem dita a regra são os vírus”, explica. A OMS diz que a nova doença “parece ser mais contagiosa do que a gripe sazonal”. Quem já teve a doença, não pode ser infectado de novo. Mas, se o vírus sofrer mutação, o paciente volta a ser passível de contaminação numa próxima ‘temporada’.

O infectologista da UFRJ Edimilson Migowski explica que o vírus fica 6 semanas numa região. Depois, migra para locais onde o contágio é mais suscetível devido ao clima. E quanto mais pessoas com o vírus, maior a chance de mutação. “Por não ter atingido toda população, o vírus volta”, diz.

 

Brasil já tem 170 mortos

Segundo levantamento feito com base em dados divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde, já são 170 os mortos em decorrência da gripe suína. As regiões Sul e Sudeste são as mais atingidas e o Brasil tem cerca de 12% das mortes mundiais pelo vírus H1N1. No Rio, são 28 mortes. Ontem, a Secretaria de Saúde de Maringá, no Paraná, confirmou a morte de uma mulher de 24 anos, internada após dar à luz, e a Secretaria de Saúde de Santa Catarina divulgou que mais duas pessoas morreram pelo vírus H1N1. As vítimas eram mulheres. Uma de 52 anos, moradora de Celso Ramos, e outra de 26, moradora de Blumenau.

O Dia

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