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Fitoterápico reduz peso em até 10%, constata pesquisa da USP

Em meio à discussão sobre o banimento de remédios para emagrecer (à base de sibutramina e dos anorexígenos anfetamínicos), um novo insumo feito a partir de uma erva que existe no Brasil promete combater a obesidade sem trazer riscos. Segundo pesquisa da USP, o tratamento com substrato da ilex sp reduz o peso de mulheres em 10,35% e de homens em 5,35% em um mês.

O teste pré-clínico foi realizado com ratos, mas os resultados devem se repetir em seres humanos, acredita Maria Martha Bernardi, professora do departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

O extrato, que recebe o nome comercial de PholiaNegra, é um composto de fórmula manipulada, vendida mediante prescrição médica. Ela deve ser tomada antes da refeição. Sua principal ação é retardar o esvaziamento do estômago, o que gera uma sensação de saciedade por mais tempo, e, assim, a perda de peso.

“A principal vantagem da PholiaNegra é que ela não age no cérebro, por isso não causa vício, e não apresentou toxicidade. O principal desafio hoje é achar algum remédio efetivo no emagrecimento, mas que não mate e não vicie”, explica Bernardi.

A planta contém metilxantinas e saponinas, responsáveis pela perda de peso, e também o cafeiol, ácido cafeico e clorogênicos, além de um elevado valor de orac, que lhe conferem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Estas propriedades, assim como uma comparação com a sibutramina, são os próximos passos do estudo da USP.
 

A pesquisa

Quarenta ratos, 20 machos e 20 fêmeas receberam ração hipercalórica por 1 mês. Depois disso, já com sobrepeso, eles foram divididos em quatro: 10 machos e 10 fêmeas formaram o grupo de controle e os demais receberam o extrato de PholiaNegra também por 1 mês. A alimentação passou a ser normal e equilibrada.

A análise do ganho de peso semanal dos ratos mostrou que os machos apresentaram redução no ganho de peso nas duas primeiras semanas de tratamento com o insumo, com perda de peso nas duas semanas finais de tratamento. Já entre as fêmeas, na primeira semana de tratamento, não houve diferença no ganho de peso entre os animais do grupo controle e experimental, porém, a partir da segunda semana, a perda de peso foi acentuada nas ratas que tomaram o extrato.

Durante o tratamento não foram observados sinais de toxicidade como pelos arrepiados, cianose, depressão, morte etc.
 

UOL

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