“Meu filho tem diabetes tipo 1, é insulino dependente e precisa fazer a verificação capilar várias vezes ao dia, antes e depois de cada refeição. O problema é que, há três meses, não tem a fita de glicemia na minha unidade, que é a Riacho Doce, no bairro do Cristo Redentor. Isso é um descaso, uma falta de respeito muito grande. Não temos mais a quem recorrer”. O depoimento é da administradora Flávia Rodrigues, que reclama da falta da fita que deveria ser entregue pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Ela relatou que a prescrição para o menino é de 250 fitas por mês, mas só são entregues 150 e, na última vez, recebeu apenas 100, quantidade insuficiente. “Tenho que verificar e se isso não for feito, não sei quanto aplicar de insulina no meu filho. Tem que controlar para evitar cegueira, problemas nefrológicos”, observou.
Conforme Flávia, a fita G Tech, que é a oferecida nas Unidades de Saúde da Família (USFs) custa, entre R$ 60 e R$ 80. A embalagem vem com 25 ou 50 fitas e o preço pode chegar a R$ 90 em alguns estabelecimentos. Ela ressaltou que, como a maioria das pessoas que dependem do SUS não tem condição de comprar, o problema compromete o tratamento e coloca a saúde dos pacientes em risco.
“Estou num grupo de mães no WhatsApp para ficar a par de onde tem, mas não posso pegar em outro posto, porque minha unidade é no Cristo”, lamentou.
Redação
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